XI Prêmio Dom Afonso Niehues destaca ações de caridade e homenageia voluntários

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XI Prêmio Dom Afonso Niehues destaca ações de caridade e homenageia voluntários

Dentro da semana de comemorações da festa de Santa Catarina de Alexandria,  padroeira da Ilha de Santa Catarina e da Arquidiocese de Florianópolis, foi realizado o XI Prêmio Dom Afonso Niehues, promovido pela Ação Social Arquidiocesana (ASA), na quinta-feira (28/11). O evento iniciou com uma Santa Missa presidida por Dom Wilson Tadeu Jönck, Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, e concelebrada por Dom Onécimo Alberton, Bispo Auxiliar, além de outros sacerdotes e diáconos, entre eles Francisco Carlos de Souza, presidente da ASA. A premiação aconteceu no Provincilado das Irmãs da Divina Providência, em Florianópolis.

O Prêmio de Iniciativa Solidária Dom Afonso Niehues foi criado com o propósito de valorizar, dar visibilidade e incentivar a continuidade dos trabalhos das ações sociais, entidades e pastorais sociais em nossas paróquias e comunidades.  Também estavam presentes no evento Pe. David Antônio Coelho, Pároco da Catedral, Pe. Vitor Feller, Vigário Geral da Arquidiocese, Pe. Tarcísio Pedro Vieira, Ecônomo da Arquidiocese de Florianópolis e membro do Conselho Gestor do FAS e Pe. Alcides Albony do Amaral, Coordenador de Pastoral da Arquidiocese de Florianópolis e membro do Conselho Gestor do FAS.

A caridade como projeto de Deus

Durante a homilia, Dom Wilson abordou o papel essencial da caridade como expressão prática do Evangelho. “Se nós olharmos aquilo que nos pede o Evangelho, o modo como devemos viver é praticando a caridade. O que é a caridade? É se importar com o outro, é viver para o outro. Fazer caridade se inspira no próprio Deus, porque é assim que Deus nos olha. Ele veio ao nosso encontro. Daqui a pouco vamos celebrar o Natal… Deus se fez homem exatamente para que nós aprendamos a viver como seres humanos de verdade. E esta é a maior obra de caridade”, refletiu.

Dom Wilson destacou ainda que as obras sociais surgem para suprir falhas na sociedade, mas que, em sua essência, elas representam a parceria entre o homem e Deus para concretizar o desejo divino. “A nossa obra de caridade é tornar esse desejo de Deus concreto. Somos parceiros de Deus“, concluiu.

Premiação: um momento de celebração e reconhecimento  

Após a celebração eucarística, as crianças do Projeto DOM, desenvolvido pela Fundação Angelino Rosa, abriram a cerimônia de premiação com uma apresentação emocionante. Em seguida, todas as entidades inscritas receberam uma placa de reconhecimento por seu trabalho em vista do bem viver das comunidades mais necessitadas. Três delas receberam o prêmio Dom Afonso Niehues.

A premiação destacou as seguintes entidades e iniciativas:

  • Opera Santa Maria da Luz com o projeto “Embelezar a Vida“, que promove ações para melhorar a autoestima e a qualidade de vida de famílias da comunidade;
  •  Ação Social São João Batista, com o “Armazém de Fraldas“, que fornece fraldas para famílias em situação de vulnerabilidade social;
  • Pastoral Carcerária, com o projeto “Adequação do Espaço da Casa de Apoio ao Egresso” voltado a apoiar a reintegração social de ex-presidiários.

Cada entidade recebeu um troféu e o valor de R$ 7 mil para fortalecer suas atividades e continuar atendendo os mais necessitados.

Homenageados que transformam vidas  

A cerimônia também reconheceu pessoas cuja dedicação à caridade é exemplo para a comunidade:

  •  Pe. Luiz Prim, natural de Ituporanga (SC), com mais de 20 anos de atuação no Lar Recanto da Esperança e na Pastoral da Sobriedade. Sua missão tem transformado a vida de homens em recuperação de dependências químicas, oferecendo acolhimento e esperança.
  •  Tânia Regina e Aroldo José de Oliveira, voluntários dedicados há mais de 50 anos à comunidade, sendo há duas décadas líderes na Associação Vida Nueva, que acolhe homens em situação de rua e dependência química, e na Ópera Santa Maria da Luz, que atende famílias com cursos profissionalizantes e ações emergenciais. Dona Tânia enfatizou: “Somos uma engrenagem: Deus, os benfeitores, freis, ASA, voluntários e todos que rezam por nós. Sem os voluntários, nada seria possível“.
  • Leandro Ibagy, advogado e empresário, tem atuado no Conselho Econômico da Arquidiocese desde 2011. Sua dedicação à comunidade católica foi reconhecida, e, emocionado, afirmou: “Sinto-me apenas uma gota diante do mar de caridade que está aqui presente“.

Palavras de incentivo e gratidão  

Dom Onécimo reforçou a importância da oração para enxergar os necessitados. “Rezar é abrir os olhos para os pobres, inclusive os que estão ao nosso lado. A Ação Social reflete o amor que Jesus tem por nós“, disse.

O diácono Francisco Carlos de Souza, presidente da ASA, destacou o papel das entidades como extensão do trabalho da Arquidiocese: “A ASA não vive só para ela. Somos como um guarda-chuva que protege, fomentando e cuidando das entidades para atender a quem mais precisa“.

Ao encerrar o evento, Dom Wilson ressaltou a importância do trabalho coletivo. “São muitos os que se dedicam ao bem-estar do próximo. A caridade é a descoberta de um grande caminho de vida. Que as iniciativas sejam multiplicadas, para que possamos continuar transformando vidas“.

A cerimônia foi concluída com uma bênção de envio, reafirmando o compromisso de todos os presentes em continuar servindo ao próximo com amor e dedicação. O XI Prêmio Dom Afonso Niehues reafirmou o papel transformador da caridade cristã e o impacto positivo de cada gesto de solidariedade.

Confira mais fotos da premiação na página da ASA no Flickr.

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