O Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, presidiu a missa das 20h desta terça-feira, dia 19 de março, no Carmelo Cristo Redentor, durante a passagem das relíquias de Santa Teresinha.
Com a bênção do santo do dia, Dom Wilson relacionou a Solenidade de São José, patrono da Igreja universal, a o aniversário de criação da Arquidiocese de Florianópolis enriquecendo ainda mais os motivos de Ação de graças a Deus.”Que grande dia, Deus escolheu para termos Santa Teresinha entre nós!”, afirmou na acolhida inicial.
Em sua homilia, o arcebispo destacou o amor e a misericórdia de Deus como o grande chamado assumido por Santa Teresinha em seguimento ao Mestre Jesus. Esse testemunho não foi vivido apenas com palavras, mas com gestos, sacrifícios, súplicas e alegria, algo que pode e deve inspirar a todos em nosso tempo. “Jesus salvou a todos – todos mesmo. Jesus perdoou a todos. Pense q pior pessoa que você conhece. Jesus veio para salvá-la também. Por que diante de determinadas faltas a gente cultiva sentimentos ruins sobre algumas pessoas? O sentimento de Deus é a misericórdia; misericórdia é olhar para aquele que está perdido e querer recuperá-lo. Santa Teresinha entendeu isso”, afirmou.
Como um exemplo da falta de fraternidade que vivemos, Dom Wilson citou a parábola do Filho Pródigo. “Quando a misericórdia faz caminho no coração do pai, vemos que acontece uma grande festa, uma explosão de alegria. Mas o filho mais velho queria o castigo. Essa é a grande diferença. Temos essa mania de maldizer, de julgar, de castigar…mesmo que tudo se emenda, não esquecemos. Mas Deus não nos trata assim”, explicou, em seguida voltando-se ao testemunho da pequena Teresa, implorando a Deus pela conversão do criminoso. “O mesmo Jesus que perdoou o ladrão ao lado da Cruz perdoou este criminoso e se serviu de Santa Teresinha para o alcançá-lo. Jesus continua a fazer isso e conta conosco como contou com Teresinha”.
Outra coisa que, segundo o arcebispo, Santa Teresinha nos ensina é a humildade. “A gente acha que podemos salvar o outro, ter poder, mas somente quando nos humilhamos e morremos para nós mesmos é que o poder de Deus se manifesta através de nós”, explicou.
“Que sejamos ministros da misericórdia. É assim que Deus nos trata. Santa Teresa entendeu isso. A sua chuva de rosas? As rosas são a misericórdia de Deus, que exala um odor agradável que transforma a sociedade e nossa comunidades. Deixemos o odor desagradável do nosso rancor, das nossas mágoas. Através dos nossos gestos, da nossa vida, Deus que se comunicar com quem está ao lado. Através de nós, quer que nosso gesto se expanda como o perfume de rosas. Sejamos sinais da misericórdia de Deus, como Santa Teresinha”, finalizou.
Após a missa, os presentes participaram de um momento meditativo junto às relíquias, conduzido pelos jovens.
As relíquias permanecem no Carmelo até a manhã de quinta-feira, dia 21 de março, quando segue para a Catedral Metropolitana, no centro de Florianópolis, depois para a Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, na Prainha, e fecham o dia na Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, no Saco dos Limões.
Na manhã de sábado, dia 23, as relíquias saem do Saco dos Limões em direção a Navegantes. No domingo voltam para a Arquidiocese, em peregrinação no Carmelo Santa Teresa, em Cabeçudas, Itajaí.
Fotos: Fabíola Goulart/ArquiFloripa
Uma resposta
Um evento precioso como este deveria ser melhor divulgado. Apenas hoje fiquei sabendo que minha padroeira nos visitou.