Livro recorda o grande líder de Tijucas, Mons. Augusto Zucco

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Livro recorda o grande líder de Tijucas, Mons. Augusto Zucco
O livro sobre Monsenhor Augusto Zucco pode ser adquirido na Paróquia de Tijucas.
O livro sobre Monsenhor Augusto Zucco pode ser adquirido na Paróquia de Tijucas.

A data de 05 de março, e mais todo o ano de 2015, assinala o transcurso do centenário do nascimento de Monsenhor Augusto Zucco, zeloso pastor de Tijucas por longos 45 anos.

Justamente neste ano da graça de 2015, tendo concluído os estudos de Teologia, fui designado para a Paróquia São Sebastião, em Tijucas. Sempre ouvia falar da atuação profícua e prolongada de Monsenhor Augusto Zucco em terras tijuquenses, e também de Porto Belo, Bombinhas e Itapema. Logo nos primeiros dias me interessei por sua pessoa, ouvindo e indagando sobre sua atuação pastoral. Verifiquei que neste ano se celebraria o centenário de seu nascimento.

Logo, eu não poderia deixar passar a ocasião tão propícia para lembrar esse intrépido pastor, que dedicou praticamente todo o seu ministério sacerdotal ao povo de Tijucas, desde o verdor

dos seus 27 anos até sua morte. Sempre, em alguma folga, fui procurando saber mais, até que conversei com seu sobrinho, Pe. Sérgio Giacomelli, que também havia levantado alguns dados sobre seu tio, o monsenhor. Propus-lhe escrever o livro, e utilizar algumas das suas informações, o que o Pe. Giacomelli aceitou prontamente.

Queremos agora apresentar e entregar à nossa Arquidiocese e principalmente ao bom povo tijucano/tijuquense este livro que, como marco plantado nos faz voltar a essa figura tão cara e marcante para o clero e o povo da paróquia de Tijucas. A história é sempre constituída de relatos; assim, também o gênero biográfico não é a vida do biografado, mas a compilação de alguns dados e histórias. Nosso texto é seleção pequena, que forma esta narrativa em que tentamos traduzir um pouco a vida desse sacerdote, mesmo que uma partícula apenas, pois sintetizá-la de todo não passaria de pretensão vaidosa.

Consideramos justo e louvável, no ensejo de tão ímpar ocasião – os 100 anos de seu nascimento –, por seus abrangentes motivos, distribuir algumas das facetas desta ímpar personalidade. Se Tijucas, como povo e paróquia, está em posição de Comuna acolhedora, ordeira, evangelizada, estruturada, o devemos, em grande parte, à fé, ao zelo, rigor e amor do nosso magnânimo monsenhor.

A expressiva data, em demonstração de júbilo, despertará nos leitores, os mais comovedores sentimentos de gratidão imorredoura pelos tempos afora. Que a vida e obra que Pe. Zucco nos legou possa nos encher de esperança na caminhada que segue eternidade afora, onde existiremos para sempre, e nossa vida falará por nós.

Diácono Eder Claudio Celva

Tijucas –  2015

Centenário do Nascimento de Monsenhor Zucco

Do Prefácio – Por Dom Vito Schlickmann – Bispo Auxiliar Emérito da Arquidiocese de Florianópolis 

Há pessoas que não passam por algum local, exercendo alguma atividade, por algum período, em favor da população, sem deixar marcas indeléveis de suas pessoas, que o tempo jamais conseguirá apagar. Foi o que aconteceu na cidade de Tijucas.

Ainda hoje, já passados tantos decênios de anos, a população guarda viva na memória as figuras extraordinárias do Pe. Jacob Slater e de Monsenhor Augusto Zucco. A respeito deste último, Mons. Zucco, foi-me pedido pelo Diácono Éder Cláudio Celva para delinear algumas considerações, a título de prefácio de sua obra. Apenas chegado na Paróquia de Tijucas, para onde foi designado pelo Arcebispo para prestar auxílio pastoral antes de sua ordenação sacerdotal, Eder, de imediato, percebeu o imenso trabalho pastoral desenvolvido naquela paróquia por Monsenhor Zucco nos quase 50 anos que lá passou como pároco.

Conheci Monsenhor Augusto como pessoa e muito de sua intensa atividade desenvolvida na região naqueles tempos. Qual foi a característica mais notória de Monsenhor? Sem dúvida alguma, seu zelo pastoral, que desconhecia qualquer cansaço ou empecilho social ou pessoal de saúde.

De dia e de noite, sua grande preocupação, a ideia forte que vivia martelando em sua cabeça era como atender bem as muitas comunidades da paróquia. Na realidade, por muito tempo, das duas paróquias: Tijucas e Porto Belo.

Ao chegar na paróquia, não foi residir na “Praça”, antiga sede paroquial, onde então se encontrava a igreja matriz da época. Preferiu residir junto às Irmãs da Divina Providência, que então mantinham o tradicional Colégio “Espírito Santo”, além do Hospital. As Irmãs cederam-lhe para residir, uma pequena, diria minúscula, casinha. Para ele, era o suficiente e até um luxo. Fez da pequena igreja do “Espírito Santo”,  a nova Igreja Matriz da Paróquia.

Vivia “correndo” de comunidade para comunidade. Apenas retornava de uma, ajuntava ligeiramente tudo o que fosse necessário e já partia para outro destino, por vezes em direção oposta e distante. O seu jipe não tinha descanso. Não se permitiam regalias no uso do tempo. Teve diversos padres coadjutores (vigários paroquiais). Tratava bem a todos, mas lhes permitia pouco descanso. Tinham de correr como ele.

Construiu ainda diversas igrejas (“capelas”) novas na paróquia. Todas em estilo muito simples: paredes retas. Igrejas tipo “galpões”. Outras paróquias optaram igualmente pelo mesmo estilo, que ficou então conhecido entre os padres como estilo “Zuquiano”.

Sofrendo problemas cardíacos, internou-se no Hospital de Azambuja. O caso não aparentava sintomas de maior gravidade. Restabelecido, preparava-se para retornar à sua querida Tijucas, quando a surpresa o colheu e veio a falecer repentina e inesperadamente no próprio hospital.

Tinha ainda muitos projetos a realizar…

Disse tudo de Monsenhor Zucco? Acho que faltou algo essencial: seu carinho, sua inigualável estima pelos padres. Era conhecido como tal. Se ele estivesse se preparando para iniciar uma atividade nova, um projeto e, surpreendentemente, chegasse um padre para visitá-lo, largava tudo e, com indisfarçada alegria, procurava dar toda a atenção ao visitante. Foi uma das características, talvez a mais bonita de Mons. Zucco. Por isso, quando nós, padres da Arquidiocese, reunidos em Tijucas, aos 08 de maio de 1988, resolvemos fundar nossa associação, logo surgiu a ideia de homenagear o saudoso Monsenhor, dando seu nome à nova entidade, com o sugestivo nome de APAZ – Associação Pe. Augusto Zucco.

Não há dúvida alguma: sem Monsenhor Augusto Zucco, nossa Arquidiocese não seria a mesma, muito menos a Paróquia de Tijucas.

Parabéns ao Diácono Eder Claudio Celva que, apenas chegado em Tijucas, logo teve a ideia de deixar por escrito a figura desse grande homem, sacerdote e pastor.

Serviço

Livro Monsenhor Augusto Zucco

Autores: Diácono Eder Claudio Celva e Pe. Sérgio Giacomelli

Pode ser encontrado na Paróquia São Sebastião, em Tijucas

Valor: R$ 15,00

Inf.: (48) 3263-0240

 

 

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