De acordo com estatísticas, o Brasil possui 5.500 seminaristas e mais de 10 mil paróquias, ou seja, meio seminarista por paróquia. Há regiões do país que para cada 300 mil habitantes há a presença de um padre. Além disso, permanece o desafio de contribuir com a missão além-fronteiras em países onde a presença de missionários é mínima ou inexistente. Essa realidade reforça o convite do papa Francisco para uma Igreja em saída, que estabeleça seu território além das fronteiras pastorais. Uma Igreja que em estado permanente de missão.
Para redescobrir um novo jeito de ser Igreja, seminaristas, padres, leigos, religiosos e bispos estiveram reunidos de 09 a 12 de julho em Belo Horizonte (MG), compartilhando experiências e buscando soluções, a partir das reflexões propostas, para uma formação mais sintonizada com as demandas da missão no Brasil e no mundo.
A Pontifícia União Missionária vem trabalhando para proporcionar aos futuros presbíteros uma espiritualidade voltada para a missão. Para isso, estão sendo criados nos seminários, os Conselhos Missionários de Seminaristas (Comises). Os estados do Piauí, Maranhão e Ceará são pioneiros e exemplos nesse processo. Dentre tantos frutos que se espera do 2º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas, estão a criação e o fortalecimento dos Comises, encontros de formação missionárias (Formises) para seminaristas e reitores, experiências de missão já durante a formação e trabalho articulado com os demais organismos missionários nas dioceses e regionais.
O primeiro Comise do Brasil foi organizado no Piauí, idealizado pelo Pe. Fábio Bertagnolli, do clero do Maranhão, diretor espiritual do Seminário Interdiocesano de Teresina. O Maranhão, por sua vez, destaca-se pelo estatuto que reúne ideias para unificar os trabalhos de todas as dioceses que compõem o Regional Nordeste 5 e pelas semanas missionárias interdiocesanas realizadas a cada ano.
O Regional Sul 4 (Santa Catarina), contou com a participação de cinco seminaristas neste congresso: Dois do PIME, um do Sagrado Coração, um de Blumenau e um da Arquidiocese de Florianópolis, Paulo Sérgio Chaves.
“O congresso foi um momento oportuno para, junto com os seminaristas das casas de formação de todo Brasil, compreendermos sobre o ” IDE” de Jesus e o que nos pede o Papa Francisco, ‘uma Igreja em saída’. Foi um momento de formação e questionamentos sobre uma espiritualidade missionária e buscá-la já na etapa formativa. Viu-se também, a necessidade de termos na formação pastoral, uma sólida formação missionária, não deslocada das outras dimensões, mas sim, integrada. Que consigamos, a partir deste congresso, compreendermos a missão e colocá-la em prática”, afirmou o seminarista de Florianópolis, Paulo Chaves.
Confira outras informações no site da Pontifícias Obras Missionárias.
Colaboração: Pontifícias Obras Missionárias