por Emanuela Prisco – Vatican News
Fabiola tem 36 anos, é jornalista e casada com Gustavo, designer gráfico e criador do logótipo da JMJ Rio de Janeiro 2013. A jovem conta ao Vatican News que há 10 anos a JMJ faz parte de suas vidas. No Rio 2013, ela e Gustavo ficaram noivos em Copacabana e, a partir daí, começaram um caminho juntos que ela descreve como uma verdadeira missão.
A mensagem atual da JMJ
A JMJ está agora no seu trigésimo sétimo ano, pode parecer algo dado como garantido ou talvez banalizado, algo para jovens de oratórios, e no entanto, quando se trata da Jornada Mundial da Juventude, os jovens católicos estão sempre à procura de formas para participar, não param perante as dificuldades.
Perguntamos a Fabiola o que pensava da JMJ e ela disse-nos que a mensagem da JMJ, quase 40 anos após a sua criação, continua a ser muito relevante, um evento que promove a unidade e a comunhão.
A Jornada Mundial mostra a beleza de estarmos juntos como Igreja e testemunharmos a fé juntos; tornamo-nos uma família.
Os pontífices e a JMJ
A JMJ é uma escola para caminhar juntos e viver de forma diferente, recordando os pontífices que marcaram a história da Jornada Mundial da Juventude. Fabiola destacou como cada Papa trouxe algo especial, deixando uma marca na vida dos jovens.
A presença de São João Paulo II ainda hoje se faz sentir de forma muito forte: ele é o coração da JMJ, o Papa polonês que iniciou o evento em 1986 ainda vive nos corações e nos rostos dos jovens que hoje participam, mesmo daqueles que não o conheceram. Citou também Bento XVI, sublinhando o seu amor silencioso pelos jovens, e Francisco, de quem diz: “é especial, é como um pároco, um pai muito próximo dos seus filhos”.
Fabiola elogia a proximidade do Papa, tanto nas palavras como nos gestos, como ele consegue demonstrar a proximidade da Igreja aos jovens.
Francisco é um Papa muito próximo, é muito bonito ver a abertura do Papa aos jovens, cada momento com o Santo Padre é um momento único que faz com que os jovens ‘se sintam vistos’.
A sinodalidade da Igreja na JMJ
A igreja, tal como a sociedade, também experimenta o desafio da pluralidade e da diversidade. Ela salienta como aparentemente parece haver unidade, mas ainda existem distâncias. Uma das coisas bonitas da JMJ é ver como precisamente na diversidade, há unidade. Nos preparativos para a Jornada é bonito ver como, apesar de virem de culturas e nacionalidades diferentes, uns ajudam os outros.
Sinodalidade não é uniformidade, mas é olhar para as diferenças como um dom, como algo bom e aprender com as diferenças para sermos melhores.
“Um ajuda o outro, é diferente, mas interessante” é a beleza da sinodalidade.
Responder ao dom de Deus
Em 2015, Fabiola e Gustavo, recém-casados, são chamados a participar na JMJ de Cracóvia e o convite para eles é entendido como um “sinal de Deus” e, como família, passam o primeiro ano na Polônia, na terra de São João Paulo II, o pai da JMJ.
Como voluntários partem ainda para o Panamá em 2019 e hoje estão em Lisboa há dois meses preparando o grande encontro do Papa com os jovens.
Para os dois jovens, esta já se tornou uma missão, uma resposta ao convite que Deus lhes fez. “Nada do que fizermos pode pagar o que Deus fez por nós! Somos devedores, por isso queremos dar-nos o máximo que pudermos”.