Entre os dias 19 e 28 de abril de 2023 aconteceu, em Aparecida, a Assembleia Geral dos Bispos do Brasil. O número total dos bispos no Brasil é 483, sendo 326 ativos e 157 eméritos. Na Assembleia anual são tomadas decisões e encaminhados processos que impactam a caminhada pastoral em todas as dioceses. Passo a descrever algumas atividades.
A atividade central da Assembleia foi a eleição da nova coordenação da CNBB. O presidente escolhido foi Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre. D. João Justino, bispo de Goiânia e D. Paulo Jackson, bispo de Garanhuns, PE, foram eleitos respectivamente 1º e 2º vices. Para a secretaria geral foi eleito D. Ricardo Hoepers, bispo de Rio Grande, RS. Ainda foram escolhidos os presidentes das Comissões pastorais, o representante junto ao CELAM e os 5 representantes da CNBB na fase final do Sínodo em Roma.
Antes das eleições, a administração que entregava o cargo apresentou o relatório de atividades do quadriênio. Impressionou pelo volume de atividades e pela densidade dos trabalhos realizados. Como se sabe, houve um tempo de pandemia que exigiu grande aplicação e muita criatividade. Afinal, neste período foram elaborados os novos estatutos e Regimento interno da CNBB. Houve grande atenção na coordenação dos trabalhos de preparação para o Sínodo e a preparação das Diretrizes Gerais. Foram inúmeros contatos com a Santa Sé, com órgãos do governo. O tempo de pandemia exigiu a atenção na organização de campanhas, além da necessidade de aprofundar o aprendizado no uso das mídias sociais.
Outro assunto muito aguardado foi a apresentação do novo MISSAL, depois de 19 anos. Está na gráfica. Os pedidos estão sendo apresentados. A data para começar a usar é 1º Domingo do Advento. A data vale para todo Brasil.
Sínodo sobre a Sinodalidade – Foi constituída uma comissão nacional para a animação das atividades respectivas ao Sínodo. É composta por bispos, padres, religiosas e leigos. Elaborou a síntese das respostas que vieram das dioceses e participou da organização da assembleia latinoamericana. O relatório final é apresentado em três itens: a) experiências novas e iluminadoras; b) tensões e divergências; c) prioridades, apelos à ação.
Jubileu 2025 – É ano jubilar ordinário. A organização ficou por conta do Dicastério para a Nova Evangelização. O Papa Francisco pede que o ano de 2023 seja dedicado ao estudo das quatro Constituições do Vaticano II e o ano de 2024 seja dedicado à oração. O lema será “Peregrinos da Esperança”. Diz o Papa: “manter acesa a chama da esperança e fazer todo o possível para que cada um recupere a força e a certeza de olhar para o futuro com espírito aberto, coração confiante e mente clarividente. O próximo jubileu poderá favorecer imensamente a recomposição de um clima de esperança e confiança, como sinal de um renovado renascimento do qual todos sentimos a urgência”.
Por Dom Wilson Tadeu Jönck, SCJ
Artigo publicado na edição 299, de abril de 2022, do Jornal da Arquidiocese, página 2.
