“Eu vim para servir”, disse Jesus Cristo. O lema da Campanha da Fraternidade deste ano apresenta a missão do Senhor: servir. Nós também somos chamados a servir. Como Jesus, somos servidores uns dos outros, servidores dos pobres. Somos uma Igreja solidária, servidora e missionária, como cantamos no hino da campanha.
Paróquia servidora
O Documento 100 da CNBB – “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia. A conversão pastoral da paróquia” – pede que nossas comunidades e paróquias estejam a serviço da sociedade: “A comunidade há de marcar presença diante dos grandes desafios da humanidade: defesa da vida, ecologia, ética na política, economia solidária e cultura da paz (…), educação para o pleno exercício da cidadania, defesa da integridade da terra e cuidado com a biodiversidade” (n. 285).
O serviço da caridade
Seguindo Jesus, a Igreja tem uma tríplice missão: ensinar, santificar e servir. Não são três ministérios estanques. Eles se imbricam mutuamente. Todo cristão é, pelo batismo e pela crisma, ao mesmo tempo profeta, sacerdote e rei-pastor. Assim, a Igreja serve à humanidade, às pessoas pobres e à comunidades carentes, pelo ensino da Palavra, pela administração dos Sacramentos e pelas obras da Caridade. Nessas três mesas – Palavra, Sacramentos, sobretudo a Eucaristia e caridade – a Igreja se alimenta a si mesma para poder se dedicar com mais empenho ao serviço do mundo. Ela tem como meta fazer acontecer desde já, na forma de sinal e sacramento, o Reino de Deus, reino de vida em abundância para todos.
Igreja samaritana
Para se tornar cada vez mais comunidade servidora, a Igreja deve despojar-se da pretensão de julgar, excluir e condenar. Deve tornar-se samaritana, ir ao encontro dos marginalizados, buscar os afastados, “acolher fraternalmente a todos, especialmente os que estão caídos à beira do caminho” (n. 283). Deve aplicar a lei e os mandamentos de Deus não para excluir e condenar, mas para incluir, integrar e salvar.
Artigo publicado na edição de março, nº 210, do Jornal da Arquidiocese.