De forma imediatista a resposta para essa pergunta com certeza é: não. Para responder de forma positiva é necessário resgatar o real sentido da política, muitas vezes pouco vivido por pessoas que atuam na política partidária.
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) não se acomoda com essa situação, pois ela não condiz com os princípios evangélicos. Por isso, com voz profética a CNBB lançou o Projeto “Encantar a Política”, que será assumido por diversas entidades, organismos, paróquias e parceiros em todas as regiões do Brasil. Esse projeto não tem tempo para terminar, ele é permanente e buscará a partir da Doutrina Social da Igreja lançar luzes na práxis e atuação política, quer seja partidária ou não.
O que é necessário para encantar a política? O primeiro caderno do projeto apresenta elementos fundamentais para refletir sobre a política, inicialmente como uma prática de amor ao próximo, na busca do bem comum e da vivência da paz, construindo elementos centrais para a vivência da amizade social e da ética na política.
A segunda parte do caderno busca iluminar a realidade da política a partir do Evangelho. Vê-se que somente se alcançará a paz social, combatendo as causas estruturais da pobreza e praticando a justiça, unindo as forças na construção da “Civilização do Amor”, expressão usada por São Paulo VI.
Por fim, o texto faz um apelo para o cuidado da casa comum, na construção de uma ecologia integral, assinalada pelo Papa Francisco na Encíclica Laudato Sì.
O último capítulo é destinado às eleições e à democracia, sendo que não é possível ignorar que estamos às vésperas de eleições e vivendo uma crise político-institucional, além da crise econômica. Por isso, são muito importantes os apontamentos feitos pelo texto referentes aos princípios éticos para um governo de união nacional, com que destaca para o papel dos movimentos populares e sociais na construção da democracia do Brasil.
Saiba mais, clicando aqui.