A Igreja no Brasil está vivenciando o Ano Jubilar Missionário, que, a partir do Documento de Aparecida, tem como tema central “A Igreja em estado permanente de missão”, e como lema “Sereis minhas testemunhas” (At 1, 8). Esta celebração, iniciada em novembro de 2021, foi apresentada aos jornalistas que participaram da coletiva de imprensa, realizada nesta quarta-feira (27), como uma das atividades da primeira etapa da 59ª Assembleia Geral da CNBB (AGCNBB).
Na ocasião, o bispo de Chapecó (SC) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Odelir José Magri, afirmou que este Ano Jubilar é um tempo forte de grande consciência para a missão ad gentes.
“Temos como objetivo fazer memória da caminhada missionária nacional, mas, sobretudo, projetar a ação missionária como paradigma de toda a obra da Igreja. Celebrar o Ano Jubilar é nos colocar nessa dinâmica bonita de todas as forças da Igreja no Brasil, dando unidade a essa riqueza e a essa diversidade de projetos desenvolvidos”, disse aos jornalistas.
Nacionalmente, a celebração deste jubileu parte do marco missionário, em 1972, que deu um novo impulso para a Igreja no país. Desta forma, em 2022 são celebrados os 50 anos de criação do Conselho Missionário Nacional (COMINA); os 50 anos das Campanhas Missionárias; os 50 anos dos Projetos Igrejas Irmãs; os 50 anos do Conselho Missionário Indigenista (CIMI); os 50 anos do Documento de Santarém; os 60 anos do Centro Cultural Missionário (CCM); e os 70 anos da criação da CNBB.
Já no âmbito internacional, a comemoração se estende pelos 400 anos de criação da Congregação para Evangelização dos Povos; pelos 200 anos do nascimento da Pontifícia Obra da Propagação da Fé (POPF); pelos 150 anos do nascimento do beato Paolo Manna, fundador da Pontifícia União Missionária; e pelos 100 anos do Motu Proprio Romanorum Pontificum, do Papa Pio XI, documento que designou as Obras Missionárias como Pontifícias, em 1922.
Para dom Odelir, a missão evangelizadora é um projeto de amor, que encontra muitos desafios, sendo um deles o de somar forças:
“Estamos enfrentando o desafio da retomada, da organização e, sobretudo, nós vamos sentindo nos aspectos dos projetos missionários, a necessidade de somar forças no sentido de recursos financeiros e humanos e no contato com as realidades concretas. A pandemia fez transparecer realidades maiores. Nesse espírito missionário, nós sentimos muito a necessidade de não nos fecharmos em nossas necessidades. O apelo missionário é sempre nesse sentido da Igreja em saída. É um apelo de abertura missionária”, asseverou.
Fonte: CNBB