A Casa do Migrante Scalabrini completou dois anos de atividade nesta sexta-feira, dia 29 de outubro de 2021. A casa, localizada na parte continental da capital, recebeu na parte da manhã o Arcebispo Metropolitano, Dom Wilson Tadeu Jönck, para abençoar o lugar. A cidade está entre as cidades que mais receberam migrantes nos últimos anos e por esse motivo se fez necessária a criação de um local que trouxesse dignidade e segurança para quem busca novas oportunidades fora do seu país de origem. A residência é administrada, desde a sua fundação, pelos Padres Scalabrinianos presentes na Arquidiocese.
Estiveram presentes e dirigiram algumas palavras aos presentes o Chefe de Missão da Organização Internacional para as Migrações (OIM) da ONU, Stéphane Rostiaux; e o Superior Regional da Região Sul-Americana da Congregação Scalabriniana, Pe. Algacir Munhak. A parceria ao nível global entre a OIM e a Rede Internacional Scalabriniana de Migrações teve início em 2011 e desde então as organizações têm colaborado em diversos países do mundo na promoção e defesa dos direitos dos migrantes. No Brasil, o apoio à Casa Migrante Scalabrini em Florianópolis é um dos primeiros projetos conjuntos da OIM e da rede scalabriniana. O apoio da OIM nesta iniciativa é financiado pelo Escritório de População, Refúgio e Migração dos Estados Unidos (PRM). Também esteve presente representante do Ministério Público do Trabalho/SC.
Sobre a Casa do Migrante
A Casa do Migrante é um local de passagem, que possibilita aos migrantes recém-chegados tempo e espaço para que possam se estabelecer e, posteriormente, adquirir independência financeira e psicológica para viverem no país. Durante esse tempo, diversos períodos são oferecidos aos residentes como aulas de português, encaminhamento para cursos profissionalizantes e auxílio na regulamentação de documentos.
Os primeiros migrantes acolhidos na residência foram venezuelanos provenientes do estado de Roraima, localizado no norte do Brasil. Nos dois anos de atuação já foram acolhidos na residência 112 migrantes. O perfil das pessoas recebidas são prioritariamente de núcleos familiares. Durante o tempo de permanência na Casa, todos recebem alimentos, kits de higiene pessoal, roupas e sapatos. Cada grupo tem um prazo de estadia de até três meses, com flexibilidade para casos especiais.
Com abertura no dia 31 de outubro de 2019, a Casa do Migrante começou a acolher migrantes venezuelanos por meio do processo de interiorização Federal em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e Cáritas Suíça.
Nos meses seguintes. novas parcerias foram estabelecidas com: ADVENIAT, MISEREOR, CNBB Regional Sul 4, Organização Internacional para as Migrações (OIM), Ministério Público do Trabalho/SC e Universidade Federal de Santa Catarina. Além disso, recebe apoio para implementação de projetos de curta duração do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM) Nacional e Scalabrini International Migration Network (SIMN).
Para mais informações sobre a Casa do Migrante e Pastoral do Migrante, acesse: https://www.spm-sc.com/.