“Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa” (Lc 1,56).
Meditatio (meditação)
Após receber a graça de conceber um filho na velhice, Isabel ficou escondida durante cinco meses (Lc 1,24). Deus havia tirado a vergonha que pesava sobre ela (Lc 1,25). No sexto mês de sua gravidez, Isabel recebe a humilde visita de Maria. Esta nobre visita lhe trouxe alegria e novo vigor, e lhe tirou a angústia e o medo. A atitude solícita e solidária da Virgem para com sua parenta manifesta um amor profundo; um amor capaz de libertar Isabel de seu esconderijo interior. Como serva do Senhor, Maria se aproxima, saúda a mãe de João, rejubila com ela e coloca-se a seu serviço. É uma visita que demonstra proximidade, comprometimento, comunica amor e afeto. Sou também eu capaz de sair de minha cômoda vida e ir ao encontro do próximo? Costumo visitar aqueles que se escondem, que se sentem oprimidos e abandonados?
Oratio (oração)
“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?” (Lc 1,42-43).
Contemplatio (contemplação)
Contemplemos as maravilhas que o Senhor tem operado em nossas vidas, através do seu Filho Jesus, o Sol nascente que nos veio visitar (cf. Lc 1,78).
Missio (missão)
A festa da visitação de Nossa Senhora coroa o mês dedicado àquela que nos trouxe o Salvador. A atitude de Maria para com sua parenta de idade avançada manifesta o núcleo da caridade cristã: o amor que se torna serviço. Enquanto uma Igreja em constante saída, queremos fomentar na sociedade a cultura do encontro, da proximidade. Nossa missão é visitar, escutar, aproximar, servir, sair, amar.
Por Pe. Wellington Cristiano da Silva
Artigo publicado na edição nº 212 do Jornal da Arquidiocese
Maio de 2015