A Paróquia São Joaquim, de Garopaba, já se prepara para acolher o novo pároco, Pe. Hércules Marçal, que assume no próximo sábado, dia 8 de fevereiro. Até o final de janeiro, estava na paróquia o Pe. Pedro Schlichting, que no dia 9 de fevereiro assumirá a Paróquia São Virgílio, em Nova Trento.
A Pastoral da Comunicação da Paróquia São Joaquim fez uma entrevista com Pe. Hércules para apresentar um pouco da história do novo pároco. Confira:
PASCOM: Quando o senhor se sentiu tocado para seguir a vida sacerdotal?
Pe. Hércules Marçal: Bom! Antes de responder a essa pergunta é melhor me apresentar! Eu sou o padre Hércules Marçal, nasci em 20 de agosto do ano de 1970, na cidade de Florianópolis, mas sou natural de Biguaçu. Tenho 49 anos de vida. Sou padre há 4 anos. Sou o terceiro filho do total de seis filhos (cinco homens e uma mulher). Meus pais se chamam Ailton Marçal e Vânia Lúcia Soares Marçal.
“Sentiu tocado” – Esse ser tocado por Deus, começou no ano de 1979 na minha cidade de Biguaçu, quando tinha 9 anos de idade e participava do grupo de coroinhas da Paróquia São João Evangelista. Deus chama diretamente, mas também faz uso de pessoas para fazer o seu convite a segui-Lo. Assim, esse primeiro chamado foi feito pelo saudoso Pe. José Edgard de Oliveira (In Memoriam), mais conhecido como Pe. Edgar. Fui seu coroinha e o acompanhava pelas 21 comunidades da paróquia naquela época. Até que um dia ele me fez uma pergunta: ‘Nunca pensou em ser padre?’ Dali em diante deixei esse convite amadurecer dentro de mim, participando do grupo vocacional que havia na paróquia. Nesse despertar vocacional, participei de dois encontrões vocacionais promovidos pela arquidiocese no seminário em Azambuja. No entanto, nesse primeiro momento não tive coragem de largar tudo para entrar no seminário.
PASCOM: Como foi sua trajetória até sua ordenação sacerdotal?
Pe. Hércules Marçal: Foi longa! Pois entrei no seminário com 36 anos de idade. Então, até dar o sim que me consagrou como sacerdote, a caminhada foi longa. Pois bem! Com 14 anos de idade, fui morar no bairro do Estreito, em Florianópolis, na casa dos pais do Pe. Vertolino José Silveira (In Memoriam). Sua família foi minha segunda família, pois vivi com essa família durante 22 anos, até entrar no seminário em 2007, após a morte do Pe. Vertolino, em 11 de maio de 2006. Durante esses 22 anos muita coisa aconteceu! Me formei em contabilidade pela UFSC, em 1996. Depois fui fazer duas especializações na área de contabilidade. Trabalhei em dois escritórios de contabilidade. No último escritório, a convite do proprietário, me tornei sócio. Nesse período, sempre acompanhei o Pe. Vertolino (In Memoriam) pelas paróquias que ele assumia na arquidiocese (Biguaçu, Campinas e São Judas Tadeu). Sabemos como um padre é importante na vida de uma comunidade, na vida das pessoas, e o padre Vertolino (In Memoriam) na minha vida, não foi só o meu melhor amigo, mas foi um pai. A sua morte em 2006 foi o fator que fez mudar toda a minha vida. Deus usa de pessoas, fatos, e muitas outras coisas para nos chamar, e foi diante da morte dele e de uma conversa familiar do que iríamos fazer com os seus paramentos, que tomei a decisão: Guardem! Pois eu vou para o seminário. Daí comecei a trajetória que me levaria a ser padre. Procurei Dom Murilo para comunicar do desejo de começar a caminhada, o mesmo pediu que fizesse um acompanhamento com Dom José Negri (Bispo auxiliar na época). Em março de 2007 comecei o propedêutico no Seminário de Azambuja, em Brusque. Nos três anos seguintes (2008-2010), morando no mesmo local, completei a etapa da filosofia. Em fevereiro de 2011, voltei para Florianópolis, e morei no Convívio Emaús de 2011 a 2014, onde fiz meus estudos de Teologia. No ano de 2015, após concluído os estudos, fui designado por Dom Wilson a fazer meu estágio pastoral em vista das ordenações do diaconato e do presbiterado, na Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, em Palhoça. Em 16 de maio de 2015, fui ordenado Diácono na Paróquia de Tijucas e, em 3 de outubro de 2015, fui ordenado presbítero na Paróquia São Judas Tadeu, em Barreiros, São José. Após a ordenação fui nomeado vigário na Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré, em Palhoça, onde permaneço até hoje.
PASCOM: Quem é o Hercules? Quem é o Padre Hércules?
Pe. Hércules: É a mesma pessoa! Não tem como separar o Hércules do Padre Hércules. Como Hércules ou como padre Hércules tenho as minhas qualidades e os meus defeitos como todo ser humano. No segundo Domingo do Tempo Comum, o teor da liturgia era em responder “Quem é Jesus Cristo?.” João deu testemunho: Ele é o Filho de Deus, pois vi o Espirito Santo descer sobre Ele. Se você for na Paróquia Senhor Bom Jesus de Nazaré e perguntar às pessoas que conviveram comigo, elas poderão dar testemunho da minha pessoa, poderão falar bem ou falar mal. Então, vai ser durante a nossa caminhada na Paróquia São Joaquim, no dia a dia, que as pessoas irão conhecer o Hércules, ou o Padre Hércules, como queiram. No entanto, repito: é a mesma pessoa! Mas posso dar o começo de “quem sou” por meio daquilo que gosto! Gosto da conversa olho no olho; gosto da transparência, da honestidade, do trabalhar em equipe, de falar o que tem que falar, gostem ou não! De começo, a minha pessoa pode até assustar! Mas, podem ficar tranquilos, acredito que faremos uma bela caminha juntos na Paróquia São Joaquim.
Ah! Um recado para os pescadores de Garopaba! O padre gosta das atividades do mar, ou seja, gosto de pescar. Já estou levando meu material de pesca, para nos dias de folga estar no mar, pois para mim a pesca é uma terapia. Assim, vocês poderão convidar o padre para pescar, poderão mostrar uns bons pesqueiros, por que o litoral de vocês é muito belo.