As novas diretrizes da CNBB (2019-2023) apresentam a Caridade como um pilar da ação evangelizadora. A casa (Igreja) construída sem esse pilar não terá sustentação, é ele que sustenta o acolhimento fraterno e o cuidado com as pessoas, especialmente os mais frágeis e excluídos e invisíveis. A dimensão da caridade é constitutiva da Igreja e também deve se tornar um pilar também na vida de cada pessoa, se tornando um sinal do amor de Deus – amor ágape.
Ao estruturar a Ação Social na Arquidiocese na década de 60, Dom Afonso Niehues entendendo o espírito do Concílio Vaticano II, buscou a propagação da caridade em todas as paróquias, por isso, fez um pedido aos presbíteros que se organizasse uma obra social em cada paróquia, que seria a expressão do amor de Deus junto aos pobres e marginalizados.
Esse desejo evangélico permanece até os dias atuais e é reafirmado pelo nosso pastor Dom Wilson Tadeu Jönck, pela CNBB e pelo Santo Padre Papa Francisco e tem sido atendido com muito carinho pelo clero Arquidiocesano, tornando a Igreja cada vez mais viva, solidária e missionário.
Aos poucos, todas as paróquias estão organizando suas obras sociais, quer seja uma ação social paroquial, entidade social ou pastoral social. A celebração do Dia Mundial do Pobre na maioria das paróquias mostra a resposta ao convite do Papa Francisco para ir ao encontro do pobre e “estender nossas mãos para reerguer, entregar nosso coração para sentir novamente calor e afeto e se fazer presente para superar a solidão”.
Mesmo assim, há muito a ser feito. Há muitas periferias territoriais e existenciais que carecem de uma presença amorosa de pessoas caridosas para fixar pilares de caridade e construir comunidades eclesiais missionários.
Fernando Anísio Batista