Centenas de milhares de jovens do mundo inteiro estiveram no final de janeiro, no Panamá, para se reunirem na Jornada Mundial da Juventude 2019. A cerimônia de abertura ocorreu no dia 22, com uma missa presidida pelo Arcebispo do Panamá, Dom José Domingo Ulhoa Mendieta.
“Nossa alegria é imensa diante da presença de todos vocês. Hoje os recebemos com o coração e os braços abertos. Obrigado por aceitar o chamado de nos encontrar neste pequeno país, no qual a fé chegou de mãos dadas com a Virgem Maria, sob o título de Santa Maria La Antigua’, acolheu o arcebispo.
O sorriso foi primeiro presente de Papa Francisco ao Panamá, que chegou no dia e foi acolhido por milhares de jovens do mundo inteiro.
A jovem Camila dos Santos, que é da Arquidiocese de Florianópolis, estava lá para acolher o Papa. “Vai dando uma ansiedade quando ele vai chegando. Quando ele passou eu tive a sensação de ter sido tocada no profundo. É como se aquele sorriso, aquela alegria dele tivesse entrado em meu coração, confessa.
Já o dia 24 ficou marcado pelas primeiras palavras do Pontífice aos jovens. Na ocasião ele questionou: “O que é que nos mantém unidos? Por que é que estamos unidos? O que nos impele a encontrar-nos?”. E respondeu: “A certeza de saber que fomos amados com um amor cativante que não queremos nem podemos calar e que nos desafia a responder da mesma maneira: com amor. O que nos impele é o amor de Cristo”.
No quarto dia, o Papa Francisco visitou o Centro de Reabilitação de Menores “As Garças”, em Pacora, na região metropolitana da Cidade do Panamá, e atendeu confissões de alguns detentos.
O jovem Francisco, 21, estava entre os detentos que se confessaram com o Santo Padre. Antes de se encontrar com o Papa, ele conta que esperava pela liberdade somente para se vingar daqueles que haviam assassinado os familiares. Agora, o sonho da vingança tornou-se imaginar-se nos braços de Francisco para, disse ele, “virar a página”. “Eu preciso transformar a minha vida, preciso de uma mudança”, ressalta.
O assessor eclesiástico do Setor Juventude da Arquidiocese, Pe. Ewerton Gerent, o formador do Seminário de Azambuja, Pe. Paulo Stippe, e o presbítero da Comunidade Bethânia, Pe. Elinton Costa, também marcaram presença na JMJ. Eles puderam atender a confissão de várias pessoas.
O ápice do dia 26 foi a vigília, que contou com oração, cantos, danças, testemunhos e reflexão. A Adoração ao Santíssimo foi o momento mais emocionante, mas a palavra do Pontífice sobre Maria tocou o coração dos 600 mil jovens presentes. Francisco definiu Maria como a “influencer de Deus”, que com palavras soube dizer “sim”.
“Ser um influencer no século XXI significa ser guardião das raízes, guardião de tudo aquilo que impede a nossa vida de tornar-se ‘gasosa’, evaporando-se no nada. Sejam guardiões de tudo o que permite sentir-nos parte uns dos outros, pertencer-nos mutuamente”, disse o Papa Francisco.
No dia 27, último dia da Jornada, o Papa Francisco presidiu a Missa de encerramento da JMJ e ressaltou aos jovens que eles não são o futuro, mas o agora de Deus. “Ele os convoca e os chama, em suas comunidades e cidades, para irem à procura dos avós, dos mais velhos; para se erguerem de pé e, juntamente com eles, tomar a palavra e realizar o sonho com que o Senhor os sonhou. Não amanhã; mas agora!”, enfatizou Francisco.
A jornada também tocou muitos padres. Para o Pe. Ewerton Gerent o evento foi uma renovação do “sim” dele à Igreja. “Renovei a minha missão de evangelizar a juventude, de querer essa vida de um anúncio da palavra em meio aos jovens.
#PartiuLisboa2022
No final da celebração eucarística, o Presidente do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Cardeal Kevin Farrell, anunciou Lisboa, em Portugal, como a próxima sede da Jornada Mundial da Juventude 2022.