Seu nome familiar era Simeão ou Simão, o mesmo nome de um dos doze filhos de Jacó, com Lia (Gn 35,23). Recebe de Jesus a vocação de ser pedra da Igreja (Mt 16,18). Passou então a ser chamado de Simão Pedro (Jo 21,3; At 10,18) ou de Cefas (Jo 1,42), que em aramaico significa “pedra/rocha”. Era filho de João/Jonas (Jo 1,42; 21,15-17) e irmão do apóstolo André. Nascido em Betsaida, ao norte da Galileia, morava em Cafarnaum, às margens do mar da Galileia, perto de uma sinagoga. Era casado (Mt 8,14-15; Mc 1,29-31; Lc 4,38-39), pois tinha sogra. Mas nada sabemos de sua esposa e de possíveis filhos. Exercia a profissão de pescador, no lago de Genesaré, também chamado de mar da Galiléia. Tinha como sócios Tiago e João, filhos de Zebedeu (Lc 5,1-11).
Quanto ao chamado foi um dos quatro primeiros apóstolos a seguir Jesus. Em Jo 1,40-42 foi André, seu irmão, que o conduziu a Jesus que o chamou. Em Lc 5,1-11 foi Jesus que o chamou pessoalmente enquanto trabalhava.
Pedro ocupa um lugar especial nos Evangelhos. É o apóstolo mais citado nas conversas com Jesus, fazendo perguntas, declarando a fé, afirmando compromissos, assumindo a lideranças dos colegas de discipulado. Segundo os Atos dos Apóstolos é ao redor dele que se constitui a comunidade de Jerusalém. Ali ele prega o Evangelho, realiza milagres, anima a comunidade perseguida, enfrenta os chefes religiosos judeus na defesa da fé em Jesus como Salvador. Dali ele sai em missão para outras cidades da Judeia e para a Samaria.
A tradição afirma que Pedro, após alguns anos de apostolado em diversas cidades na Palestina, teria ido a Roma. Ali teria fundado uma comunidade cristã, ali morreu martirizado no alto de uma colina chamada Vaticano, onde hoje se encontra a Basílica São Pedro, construída sobre os restos mortais desse grande apóstolo de Cristo.
Fundamentada na declaração de Jesus – “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16,18) –, a Igreja Católica Romana considera Pedro o primeiro papa. A festa litúrgica em honra a São Pedro é celebrada em 29 de junho, juntamente com São Paulo.
Por Pe. José Rufino Filho
Pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo, Itajaí
Artigo publicado na edição de junho de 2018, do Jornal da Arquidiocese, pág. 08.