Na manhã do dia 10 de maio, a Irmã Teresa Nascimento, 71, da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, embarcou para a nova terra de missão, o município de Jaru, que pertence à Diocese de Ji-Paraná, Estado de Rondônia. Uma Missa em ação de graças na Cúria Metropolitana, no dia 04 de maio, marcou o envio desta missionária.
A terceira filha dos 16 irmãos, Irmã Teresa é natural de Itajaí e nasceu no dia 17 de dezembro de 1946. No dia 11 de fevereiro deste ano, completou 50 anos de Vida Religiosa consagrada, na Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, fundada por Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, em Vígolo, Nova Trento (SC).
Irmã Teresa cursou teologia, letras português, especializou-se em algumas áreas e, recentemente concluiu Pós Graduação em Espiritualidade e em Catequese e Iniciação à Vida Cristã. Fez muitos cursos de Bíblia curta, média e maior duração e se considera, também, uma autodidata, pois estuda as Sagradas Escrituras desde 1980.
Três momentos da caminhada religiosa na Arquidiocese
É a terceira vez que a irmã reside em Florianópolis, sede da Arquidiocese. Na década de 60 fez o noviciado e na de 90 cursou Teologia no antigo Itesc, hoje, Faculdade Católica de Santa Catarina (FACASC). Nesta ocasião, substituiu Irmã Marlene Bertoldi na coordenação arquidiocesana da catequese, enquanto ela estudava na Itália. Com a volta da Irmã Marlene, passou a fazer parte da Coordenação Arquidiocesana da Pastoral, juntamente com Pe. Alvino Milani e o Diácono Vilson Castro.
Depois foi convidada para trabalhar na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na Dimensão Bíblico-Catequética, em Brasília (DF), onde ficou de 1999 a agosto de 2004. De lá foi para São Paulo e participou da equipe do Governo Geral da Congregação. Em seguida trabalhou na TV Século 21, no ensino à distância, durante um ano e meio.
De São Paulo, parte em missão novamente e, desta vez vem para o Santuário Santa Paulina, onde ficou três anos em Nova Trento, quando retornou a Florianópolis, em 2015. Então foi convidada para coordenar o Programa de Extensão Comunitária da FACASC e trabalhou até este mês de maio.
Na FACASC, a religiosa deu continuidade à organização e execução do programa de extensão que consta de cursos, seminários, congressos e outras atividades. “Fiz com muito empenho meu trabalho, porque é a faculdade estendendo sua missão para os leigos das comunidades, para que possam exercer com maior eficácia o seu protagonismo na igreja e na sociedade. Eu coordenava, supervisiona e dava aulas em alguns desses cursos”.
Na Arquidiocese, ainda encontrava tempo para ajudar como voluntária na elaboração de material e na formação dos animadores dos GBF, além de dedicar-se também à formação de lideranças nas paróquias, quando solicitada.
Irmã Teresa conta que viajou para vários países em função do trabalho que exerceu na CNBB. Lugares como Colômbia, Equador, Líbano e de lá aproveitou para ir até “a Síria e Jordânia, para conhecer mais lugares da ‘terra da Bíblia’”.
Esta nova missão para ela é “muito desafiante, primeiro, o lugar é muito quente. Segundo: é uma região de conflitos, assentamentos e acampamentos. Mas trabalhei na Diocese de Chapecó e já enfrentei tudo isso. Estou feliz, porque é uma região missionária da Igreja na Amazônia, onde quero viver com mais intensidade a proposta de uma igreja em saída. E o Papa escreve em documentos para a vida religiosa e nos desafia a ser uma vida religiosa em saída, missionária, que vai ao encontro do povo, que está ao serviço dos mais pobres, que se aproxima das periferias geográficas e existenciais, que está com os últimos. Vou me dedicar à animação e acompanhamento às comunidades e às pastorais e à formação de lideranças. Eu gosto disso, já trabalhei em tudo isso. E é o que me realiza muito e me deixa feliz”.
Mensagem para os arquidiocesanos que aqui ficam
“Desejo que a Arquidiocese continue crescendo na dimensão missionária. Admiro muito o fato de que a diocese tem grupos que vão em missão à Bahia, está presente no Amapá onde estão os Padres Jacob Archer e Josemar Silva, e tem o Pe. Lúcio Espíndola, na África. Realizam-se missões nas paróquias, acho lindo esse espírito missionário. Desejo grande força na animação missionária, bíblica, nos GBF e na Iniciação à Vida Cristã”, finalizou a religiosa.
Os trabalhos que vai desenvolver
A Paróquia São João Batista, em Jaru, é a segunda maior da Diocese, com 116 comunidades, sendo 13 na cidade, ou seja, na região urbana, e as demais no meio rural.
As Irmãs se distribuem no acompanhamento às comunidades, às diversas pastorais como da juventude, mulher, carcerária; além da catequese e liturgia. Tem uma religiosa lá que acompanha também a formação musical de diversos grupos na cidade e no meio rural.
Irmã Teresa vai ajudar na animação dos grupos de reflexão (aqui, Grupos Bíblicos em Família – GBF); colaborar na formação dos leigos em geral, dos animadores dos Grupos de Reflexão, catequistas, ministros e animadores das diversas pastorais.