Sagrada Família – Por Pe. Jonathan Speck Thiesen Jacques

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Sagrada Família – Por Pe. Jonathan Speck Thiesen Jacques

 

Na conclusão da Exortação Amoris Laetitia, o Papa Francisco apresenta uma Oração à Sagrada Família que é o coroamento de todo o documento. Nela, o Santo Padre nos fala, numa linguagem concisa e devota, sobre a beleza e o mistério da Sagrada Família.

Nas suas primeiras palavras, a Oração dirige-se a cada pessoa de Sagrada Família em tom suplicante: “Jesus, Maria e José, em Vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor, confiantes, a Vós nos consagramos”. Este é o preâmbulo desta prece: colocar-nos no amor verdadeiro e puro da Família Sagrada como num ato de consagração.

Na sequência da prece, por três vezes o Papa dirige-se à Sagrada Família. Primeiro, pedindo para que a nossa família se torne como a Família de Nazaré, um lugar de comunhão e fé: “Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas”. Com tais palavras, o Santo Padre propõe às famílias de hoje que se tornem ‘igrejas domésticas’, isto é, santuários da presença de Deus, da sua misericórdia e da sua paz.

Numa segunda petição, reza o Papa: “Sagrada Família de Nazaré, que nunca mais haja nas famílias episódios de violência, de fechamento e divisão; e quem tiver sido ferido ou escandalizado seja rapidamente consolado e curado”. De uma maneira enfática, o Santo Padre coloca em evidência os males que acometem a família hodierna, como a violência, o fechamento e a divisão. Mas, ao mesmo tempo, suplica que tais feridas sejam curadas pelo bálsamo do amor e pelo óleo do perdão, como nos inspira a Família Sagrada.

Por fim, nas suas últimas palavras, o Papa Francisco pede: “Sagrada Família de Nazaré, fazei que todos nos tornemos conscientes do caráter sagrado e inviolável da família, da sua beleza no projeto de Deus”. E conclui: “Jesus, Maria e José, ouvi-nos e acolhei a nossa súplica. Amém!”. Nesse desfecho, bem como no último pedido, coloca-se o Papa numa atitude filial, sentindo-se também ele alcançado pelo amor da Família de Nazaré e apelando para que todo o povo cristão tome consciência da beleza e da sacralidade da família.

Por: Pe. Jonathan Speck Thiesen Jacques – Assessor Eclesiástico da Pastoral Familiar e da Comissão Vida e Família

Artigo publicado na edição de dezembro de 2017 do Jornal da Arquidiocese, página 08.

 

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