Os leigos da Arquidiocese de Florianópolis ouviram falar do nascimento do Menino Jesus e foram visitar o presépio.
O primeiro grupo era formado por pedreiros, carpinteiros e operários da construção civil. Prestaram adoração ao menino, mas logo notaram que o lugar não era adequado para se morar. Precisava de uma arrumação. Se organizaram e decidiram que deveriam construir uma morada digna para aquela criança crescer. Quando acabaram, descobriram que o menino está presente em todas as crianças sem lar. Passaram a dedicar a vida para que o menino Jesus encontre uma morada em cada coração, em cada família.
Um grupo de membros das Equipes de Nossa Senhora foram ao presépio, e logo se solidarizaram com Maria e José. Em dois tempos botaram a gruta em ordem e passaram a se ocupar do menino. Trocaram a fralda, deram comida, arrumaram a manjedoura. Enquanto desenvolviam estas tarefas se deram conta que Jesus está presente em todas as crianças abandonadas. Logo criaram a Pastoral da Criança e assim Jesus está sendo cuidado em cada criança.
Os Ministros da Eucaristia foram visitar o menino e já queriam alimentar o menino. Ficaram assustados quando o menino falou que ele era o pão da vida. E decidiram que iam dedicar a vida para que todos pudessem tomar deste pão.
Também o pessoal da Pastoral da Pessoa Idosa foi ao presépio. E logo perguntaram onde estavam os avós do menino. José respondeu que eram idosos e não poderiam vir até o netinho. Replicaram que todos os avós têm o direito de ver o neto. Entenderam que se os avós não poderiam vir, deveriam levar o menino até eles. E decidiram que iam visitar todos os idosos para levar Jesus até eles.
Apareceu um grupo todo vestido de amarelo. Era o Movimento de Irmãos. E foram dizendo que iam preparar o menino para o Batismo e ensinar as primeiras orações. Se encantaram com a harmonia entre os membros daquela família. Descobriram que o segredo de tudo era a presença do menino. E resolveram que iriam ensinar a todo casal que o segredo da união da família era a presença do Menino Jesus.
Apareceu um grupo, todo animado, cantando “de colores”. Eram os cursilhistas que vieram constatar pessoalmente o que havia acontecido naquela gruta. Ficaram encantados com tudo. Descobriram que aquele menino tinha uma mensagem de paz para o mundo. E se organizaram para anunciar ao mundo tão importante mensagem.
Os casais da Pastoral Familiar também foram visitar José e Maria. Estavam interessados na convivência familiar e ofereceram um acompanhamento ao casal. Mas perceberam que a convivência com aquele menino é que dava estabilidade ao casamento. E passaram a ensinar para todo mundo que o segredo da estabilidade do amor no casamento dependia da presença do Menino Jesus.
As senhoras do Apostolado da Oração pegaram as suas bandeiras e foram visitar os pais e o menino no presépio. Ofereceram fitas a José e Maria. Se colocaram em adoração diante do menino. Cantavam “Coração santo tu reinarás…”. Olhando para aquela criança compreenderam o grande amor de Deus pelos homens. E para não esquecer o grande amor de Deus, decidiram fazer da oração um modo de agradecer a Deus o grande dom recebido.
Representantes do Setor Juventude chegaram com grande alegria e fazendo muito barulho. Manifestaram-se impressionados com tudo que viram. O pessoal do Acampamento já aproveitou para convidar os pais para o próximo acampamento. São José se assustou quando os carismáticos iniciaram uma canção batendo palmas e fazendo coreografia. O Shalom estudava a possibilidade de instalar uma lanchonete na entrada da gruta. O pessoal da PJ estendeu uma bandeira vermelha sobre a manjedoura. Os jovens do Emaús se convenceram que estavam no rumo certo e que iriam continuar caminhando de peito aberto. Encantados, descobriram que o mais importante na vida é acolher este menino e torná-lo conhecido. Saíram de lá empolgados e com o propósito de anunciar Cristo a todos os jovens. A presença de Cristo na vida dos jovens é que vai tornar o mundo melhor.
Chegaram médicos, advogados e professores. Todos queriam prestar serviço ao menino e à sua família. Aprenderam logo que servir o menino era o que dava sentido ao seu trabalho. Se organizaram e passaram a defender o menino contra a injustiça, para cuidar da sua saúde e educar as pessoas para reconhecer a presença de Cristo em todo necessitado.
Também os políticos foram visitar o presépio. E logo perguntaram quantos votos tinha na família. Fixando os olhos no menino descobriram que é o serviço para o bem de todos que dá sentido à vida pública. E passaram a organizar a sociedade, a cuidar da cidade para que todos tivessem uma vida digna.
Quando os órgãos da imprensa ouviram falar que tinha anjo cantando na madrugada, dirigiram-se com toda pressa para a gruta. Era importante chegar em primeiro lugar, antes que os outros. E logo foram instalando sua parafernália de câmaras, luzes, microfones. Diante de tal balbúrdia o menino começou a chorar. E vieram as perguntas. Queriam saber se os pais eram casados, qual a renda do casal, se tinham invadido a estrebaria, se não tinham medo de boi brabo. Fizeram mil perguntas a Maria. Instavam para que ela explicasse como era conceber por obra do Espírito Santo. Quando finalmente se acalmaram e se voltaram para o menino entenderam que este era a maior notícia de todos os tempos. Deus se fazia presente na história dos homens. Decidiram que iam se organizar em grupos de Pastoral da Comunicação (PASCOM) e aplicar todo empenho para anunciar a presença de Deus na vida do cotidiano dos seres humanos.
E assim os leigos da Arquidiocese de Florianópolis que foram visitar o presépio, voltaram convencidos de que, ao servirem a Cristo nos outros, transformarão a sociedade.
A todos um FELIZ E ABENÇOADO NATAL!!!
Por Dom Wilson Tadeu Jönck, scj