Em agosto de 1974, Monsenhor Francisco de Salles Bianchini trouxe para Florianópolis o Curso de Valores Humanos e Cristãos do Movimento de Emaús. O objetivo do retiro do Emaús é formar e desenvolver líderes comunitários, que posteriormente atuarão nas paróquias de origem.
Nestes mais de 43 anos, muitos jovens, hoje adultos e casados, puderam vivenciar Cristo em meio ao movimento. O servidor público Edmundo Simone Neto, 64 anos, participou do primeiro curso masculino. Ele conheceu a esposa, Maria Cristina Campos Simone, no movimento, no qual tiveram três filhos, Luiz Otávio, Maria Augusta e Luiz Henrique. “Por formação familiar, posso afirmar que o Emaús foi a reciclagem que tirou minha roupa de Primeira Comunhão, revestindo-me com a roupa de um novo cristão”, disse Edmundo.
É muito comum os filhos participarem do Emaús. O estudante João Henrique Campos Simone, 25 anos, filho de Edmundo, atualmente também participa. Ele conta que se não fosse “o movimento de Emaús, a minha família não existiria, pois meus pais não se conheceriam”. O estudante, que atualmente participa do Grupo de Jovens Sagrado Coração de Jesus, demonstra carinho muito grande pelo movimento e explica que desde criança acompanha os pais nas reuniões de grupos de jovens. “Quando era pequeno, queria entrar em algum grupo de jovens e discutir mais sobre nossa religião, que é tão rica e maravilhosa”, finaliza João.
Geralmente, os filhos começam a se envolver com o movimento depois dos pais, mas a história do atual presidente do Emaús de Florianópolis, Edvaldo Antonio Klokner, é diferente. O engenheiro, que é casado com a psicóloga Jaqueline Dornelles Klokner, conta que sempre foram participantes ativos da igreja. Quando os filhos do casal começaram a entrar na fase da adolescência, Edvaldo e Jaqueline perceberam que o Movimento Emaús era uma boa opção para os adolescentes participarem da Igreja. Com o ingresso dos filhos nos grupos de jovens do movimento, o casal começou a acompanhar os filhos e então receberam o convite para também participarem. “Fomos convidados para ser casal orientador de um grupo e, aos poucos, começamos a participar de algumas atividades e retiros, do secretariado, e, há três anos, fomos eleitos casal presidente”, comenta Edvaldo.
Matéria publicada no Jornal da Arquidiocese, página 11, edição de junho de 2017