Sobre a sublime e misteriosa morte de São José

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Sobre a sublime e misteriosa morte de São José

2f27deec-a658-4952-a2cb-601c62f9dbb3Muitas coisas a gente conhece por se ouvir falar e ler sobre a vida de São José. Sabemos que quando Deus escolhe alguém para uma importante missão, concede-lhe todos os dons necessários para esta missão. E assim foi com São José, pai querido de Jesus e esposo amoroso de Maria. Mas pouco se publica sobre a sua morte. Segundo a tradição oral, São José morreu antes de Jesus iniciar a sua vida pública junto aos discípulos em Israel.

Por este motivo, considero importante apresentar um interessante relato sobre a morte de São José narrado e celebrado na Igreja antigamente. O religioso dominicano Isidoro de Isolanis, pesquisador da vida de São José, revela em seus estudos que nos primeiros séculos da Igreja, era costume nas Igrejas do Oriente, sempre no dia 19 de março, durante a celebração ler uma solene narração sobre a morte do pai adotivo de Jesus e verdadeiro esposo de Maria:

Eis chegado para São José o momento de deixar esta vida. O Anjo do Senhor lhe apareceu e anunciou ter chegado a hora de abandonar o mundo e ir repousar com seus pais. Sabendo estar próximo o seu último dia, quis ele visitar, pela última vez, o Templo de Jerusalém, e lá pediu ao Senhor que o ajudasse na hora derradeira.

Voltou a Nazaré e, sentindo-se mal, recolheu-se ao leito, agravando-se em breve o seu estado. Entre Jesus e Maria, que o assistiam com carinho, expirou suavemente, abrasado no Divino Amor.

Oh, morte bem-aventurada! Como não havia de ser doce e abrasada no Divino Amor a morte daquele que expirou nos braços de Deus e da Mãe de Deus?

Jesus e Maria fecharam os olhos de São José. E como não havia de chorar Aquele mesmo Jesus que choraria sobre a sepultura de Lázaro? ‘Vede como ele o amava!’, disseram os judeus. São José não era tão só um amigo, mas um pai querido e santíssimo para Jesus”.

A Igreja dedica a São José duas datas festivas diretamente, dias 19 de março e 01º de maio (S. José Operário), e indiretamente, no dia da Sagrada Família (30 de dezembro). Sabemos que a devoção a São José sempre foi muito forte na piedade popular como homem justo, casto, esposo de Maria, pai adotivo de Jesus, protetor e provedor das necessidades da Sagrada Família, e como padroeiro da boa morte.

Afinal, retomamos a questão: Pode haver uma melhor passagem para a vida eterna do que entre os braços de Jesus e de Maria?

Por: Rosália Valquíria Teodósio da Silva – graduação em teologia pelo Instituto Teológico de Santa Catarina (ITESC)

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