HISTÓRICO

Criada em 11 de fevereiro de 1968

Em 1793 estabeleceu- se na região o Tenente Coronel Alexandre José de Azevedo Leão Coutinho com sua família. Construiu uma grande casa, engenhos e plantações. O local ficou conhecido como “Fazenda”, nome mantido até hoje. O movimento religioso começou na capela Sagrada Família, que ficava na Figueirinha. Demolida a capela, construiu-se aí o Grupo Escolar Elisa Gisele Orsi, em homenagem à doadora do terreno.

Em 1964, foi construída, perto do Cemitério Municipal, uma Capela dedicada a Nossa Senhora de Lourdes. Em 11 de fevereiro de 1968, um Decreto da Cúria Metropolitana, assinado por Dom Afonso Niehues, elevou- a a Paróquia, desmembrando-a da Paróquia do Santíssimo Sacramento de Itajaí. Os cuidados pastorais foram entregues ao missionário holandês, da Congregação dos Sagrados Corações, Jacobus Hendrikus Koopmans, o Padre Jacó.

A 10 de dezembro de 1980, tendo em vista a renúncia do Pároco, a Paróquia foi anexada à Paróquia do Santíssimo Sacramento, de Itajaí, assim permanecendo até dezembro de 1981, quando foi nomeado um novo Pároco, na pessoa do Pe. Sérgio Giacomelli. A 1º de janeiro de 1986, às 9h, teve início na Igreja Matriz da Paróquia do Santíssimo Sacramento, a solenidade de instalação do primeiro Mosteiro de Monjas Carmelitas Descalças do Estado de Santa Catarina. Em seguida, em procissão, deslocou-se o cortejo até o bairro Fazenda onde, provisoriamente, foi instalado o Mosteiro, enquanto se procurava outro local para a sua instalação definitiva. Em meados do mesmo ano as oito monjas passaram a residir em Cabeçudas, na mesma Paróquia, ali constituindo o Carmelo Santa Teresa.

Capela Santa Teresinha de Cabeçudas – Itajaí
Por Pe. Eder Claudio Celva

Historiando a mais a fundo a capela de Cabeçudas, pela documentação foi fundada em 1930 e não em 1920 como constava em nosso anuário. Provável dali foram tirando a data bastante incerta… Um documento de 1935, nos oferece melhores informações: Há quatro anos passados um católico desta cidade construiu uma ermida ou capelinha particular no lugar Cabeçudas. Agora ele quer entrega-la a Mitra diocesana. A capelinha não foi ainda benta nem houve nela funções religiosas públicas nem particulares. Venho por isso pedir V. Excia. Revma. Digne-se conceder a licença de aceitar a doação do respectivo terreno e da capelinha em nome da Mitra e a faculdade de benzê-la. É de utilidade porque a pequena ermida, sempre lembrará os banhistas de Deus, mesmo no meio da vida mundana, que geralmente reina nas praias de banhos.[1]

Neste documento não há indicação de orago, nem nome da pessoa doadora. Essas igrejas particulares eram comuns, nasciam geralmente de promessas, ou como mostra pública de muita catolicidade ou de polpudos recursos financeiros.

Foi edificada em terreno de Anna da Silva Fontes. Na Capela havia a imagem de Santa Ana, agora recolhida ao acervo do Museu Histórico de Itajaí.

O professor Edison d` Ávila alvitra ser “o católico desta cidade “: José Eugênio Müller[2], diretor-presidente da Construtora Catarinense, que em Cabeçudas, em 1928, construíra o Hotel Cabeçudas e fora a empresa responsável pela construção do bairro da Vila Operária. [3]

Em  31 de janeiro de 1935, foi passada a procuração e a capela passou a pertencer e ser atendida, como comunidade eclesial pela paróquia Santíssimo Sacramento. Em 24 de fevereiro de 1935, foi abençoada. Reza a crônica: As que fazem parte da Irmandade de Santa Teresinha não deveriam faltar.[4] Eis que pode ter ficado até 1935 como Santa Ana[5], e, ao ser inaugurada publicamente ter recebido novo patrocínio, o mesmo de hoje: Santa Teresinha.

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[1] Conforme documento da pasta da Paróquia Santíssimo Sacramento de Itajaí. Arquivo Histórico Eclesiástico de Santa Catarina-Florianópolis. 29/01/35.

[2] A família Müller sempre foi muito ligada à Igreja. Os pais de José Eugênio Müller, Eugênio e Guilhermina, em 1904, doaram a coroa de prata que foi colocada sobre a cabeça da veneranda imagem de Nossa Senhora da Conceição, por ocasião do cinquentenário da definição do dogma da Imaculada Conceição.

[3] Edison D´Avila, me escreve: Também estou convencido de que a  Capela foi construída pelo ano de 1930. Veja que em 1928 o Padre Tomás Adalberto da Silva Fontes,  publicou o artigo “Viagem ao meu Estado”, no jornal “República”, de Fpolis, em que descreve com minúcias a visita à Capital, a viagem de Fpolis a Itajaí de carro e a visita a Itajaí. Nessa visita, ele se detém em descrever dois locais que visitou especialmente: Vila Operária e Cabeçudas. Pois, na Vila Operária, fala das casas, ruas, grupo escolar, igreja. Em Cabeçudas, fala do balneário, da iluminação elétrica, de novos prédios, da beleza e do conforto; mas nada diz da Capela, que sendo ele padre e tendo a Capela tido a participação de sua mãe na edificação, com certeza ele não se esqueceria de referir, se ela já lá estivesse edificada. Esse artigo do Padre Fontes, está publicado na Anuário de Itajaí 2019. Por isso, creio mesmo que a Capela de Cabeçudas é edificação dos anos de 1930, conforme esse documento que o Sr. Padre Eder  encontrou.

[4] Livro de Atas da Reunião Geral da Pia União das Filhas de Maria. 1911-1938. P. 123. Arquivo Paroquial da paróquia Santíssimo Sacramento.

[5]  A imagem de original de Santa Ana se encontra no Museu Histórico de Itajaí.