(Criada a 19 de março de 1963)
CNPJ 83.932.343/0021-65
Pároco: Pe. Marilton Nuss, SCJ
Vigário: Pe. Mário Peixe, SCJ
Diáconos: Edinalte Elias de Souza e José Antonio Kuhnen
Secretários: Catiano Buss Dalcegio e Joice Raquel Erthal Dietrich
Facebook: Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Instagram: https://www.instagram.com/paroquia.guabiruba/
Comunidades
Padroeiro(a) Localidade Criação
1 Matriz: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Centro 1961
2 Imaculada Conceição Lajeado Alto 1876
3 Sagrado Coração de Jesus Planície Alta 1906
4 São Vendelino Lajeado Baixo 1944
5 São Pedro Apóstolo São Pedro 1952
6 Nossa Senhora Aparecida Guabiruba do Sul 1977
7 São Cristóvão Aymoré 1979
Criada em 19 de março de 1963
Por Pe. Eder Claudio Celva, do livro “História da Igreja Católica em Guabiruba” (trecho editado pelo autor).
Guabiruba foi colonizada em fins de 1860, concomitante aos pioneiros de Brusque. Os imigrantes primavam pela sua religião, e davam disso demonstração; uma destas foi a edificação, em Guabiruba, da primeira capela de toda a Colônia Itajahy, pelo mês de abril de 1861.
Prova disso é também o primeiro sino que badalou em toda vasta região que pertencia à Brusque, vindo da Alemanha para a localidade de Guabiruba em 1864. Em 1875, vieram juntar-se ao atual território da paróquia, imigrantes austríacos que colonizaram a comunidade de Lageado Alto, cuja padroeira é a Imaculada Conceição. Badenses e tiroleses, foram as etnias pioneiras.
A vida coletiva estava ligada à família, ao trabalho e à Igreja. Nesta última também se incluía o sistema escolar (Escolas Paroquiais). Para a alegria indescritível daqueles que estavam longe da pátria natal, de 09 – 15 de junho de 1861 realizou-se a primeira visita oficial do Padre Alberto Gattone a Brusque, quando celebrou na capela de Guabiruba. Era grande a dificuldade do Padre Gattone, residente em Gaspar, para atender toda a Colônia Itajahy.
Sua primeira capela data de 1861. Era de espiques de palmito, coberta de palha e com piso de chão batido. Sua padroeira: Mariahilfskapelle. Em 1881, seguiu-se uma capela nova, onde se localiza o Salão Cristo-Rei. Mas a terceira capela, de pedra e cal (1893), subiu a colina ao lado. O quarto grande e belo templo continuou na colina. Alois Boos foi o responsável pela sua construção. Deu-se a inauguração aos 18 de novembro de 1923, presidida pelo Pe. Francisco Giesberts (diocesano). Três dias após, de 21 a 27 de novembro, Pe. João Stolte lá pregava as santas missões.[1]
A igreja de 1923, foi demolida em 1961, para dar lugar a Igreja Matriz atual, inaugurada em 07 de setembro de 1966.
A paróquia foi criada em 19 de março por dom Joaquim. Eis o Decreto de Criação Paroquial em inteiro teor:
Fazemos saber que, atendendo aos desejos dos moradores do novo Município de Guabiruba, que fazia parte, até o presente, da Paróquia de Brusque, neste Arcebispado; de acordo com o ex. mo. sr. Arcebispo Coadjutor; tendo ouvido o Vigário respectivo e ainda o M. R. Provincial dos PP. SCJ., sendo Superior religioso, e de mais pessoas competentes: Havemos por bem erigir, criar e elevar a Paróquia o referido Município de Guabiruba, a qual terá por limites os atuais limites municipais, justamente como segue:
- com o Município de Brusque, começa no divisor das águas do Rio Itajaí-Mirim e Itajaí-Açú, na Serra da Bateia; segue desse ponto pelo divisor das águas dos rios Schleswig e Holstein até encontrar o divisor das águas dos rios Peterstrasse e Holstein, conhecido pelo nome de Môrro Pelenz; desce por este divisor até encontrar a nascente do Ribeirão Orthmann; desce por ele até a sua foz no rio Guabiruba; segue desse ponto pelo ponto mais alto do divisor das águas do Rio Guabiruba e Itajaí-Mirim, conhecido pelo nome Môrro Siegel; continua por este e pelo Môrro Voss até encontrar a nascente do Ribeirão Werner; desce por ele até a sua foz no rio Itajaí-Mirim;
- com o Município de Botuverá, segue pela margem direita do Rio Itajaí-Mirim, sobe até a foz do Ribeirão de Águas Negras; segue pela foz deste no rio Itajaí-Mirim, por uma linha seca até encontrar o divisor das águas do Ribeirão das Águas cristalinas e Itajaí-Mirim; continua por este até encontrar o divisor das águas dos Ribeirões das Águas Cristalinas e Lageado Grande; segue pelo mesmo divisor até encontrar a Serra do Itajaí, na divisa com o Município de Blumenau;
- com o Município de Blumenau, começa no ponto em que o divisor das águas dos rios Encano e Garcia encontra o divisor das águas entre os rios Itajaí-Açú e Itajaí-Mirim, conhecido pelo nome de Serra do Itajaí; segue por esta até encontrar o divisor das águas entre os rios Garcia e Gaspar-Grande;
- com o município de Gaspar, começa no ponto em que o divisor das águas dos rios Garcia e Gaspar-Grande encontra o divisor das águas entre os rios Itajaí-Açú e Itajaí-Mirim, conhecido pelo nome de Serra do Itajaí, segue por esta, passando pelos morros de Gaspar Pequeno até atingir a Serra da Bateia.
A paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – tal será o seu Título – de Guabiruba será provida de Pároco próprio, a cuja jurisdição submetemos todos os habitantes de seu território, e gozará de todos os direitos como as demais paróquias da Arquidiocese. – A Igreja Matriz será sempre provida do necessário para a celebração da Santa Missa e mais funções religiosas. O Pároco por nós nomeado, além da Missa pro populo nos dias designados, dispensará especial cuidado ao dever da pregação, a instalação da Doutrina Cristã, a multiplicação dos centros catequéticos nos Grupos, Escolas e localidades da Paróquia, por si ou por auxiliares sob a sua direção; fomentará as Associações religiosas fazendo as freqüentes visitas paroquiais de acordo com o 4º Sínodo de Florianópolis.
O arquivo conterá todos os livros prescritos, recomendando-se, muito particularmente, se possível, o do Status animarum. – Este nosso Decreto será lido aos fieis da nova paróquia, à estação da Missa Paroquial, comunicado aos párocos das paróquias limítrofes e integralmente transcrito em livro próprio. – Dado e passado em Florianópolis, sob o Sêlo das Nossas Armas e competentemente assinado, aos 19 de março de 1963.
Pelo Arcebispo Metropolitano
+ Frei Felício Cesár da Cunha Vasconcellos, OFM
Arcebispo Coadjutor.[2]
[1] KOCH, Pe. Eloy Dorvalino. Convento SCJ. Contribuição à história da Província e de Brusque (SC). Brusque: ed. Própria. 1993. p. 107.
[2] Arquivo Paroquial de Guabiruba.