(Criada a 20 de junho de 1750. Reativada a 15 de novembro de 1998)
CNPJ 83.932.343/0067-48
Pároco: Pe. Celso Antunes Duarte
Secretária: Jane Márcia Saraiva Cunha
Site: www.paroquiadalagoa.org
Facebook: Santuário Imaculada Conceição
Instagram: @imaculadadalagoa
Comunidades
Padroeiro(a) Localidade Criação
1 Matriz: N. Sra. da Imaculada C. da Lagoa Lagoa 1750
2 São Pedro Barra da Lagoa 1947
3 Santa Cruz Fortaleza da Lagoa 1949
4 São Luiz Gonzaga Rio Tavares 1954
5 Santa Cruz Costa da Lagoa 1970
6 Santa Cruz Retiro da Lagoa 1979
7 Nossa Senhora Aparecida Canto da Lagoa 1988
8 Santa Cruz Porto da Lagoa 1992
Criada em 20 de Junho de 1750
Localizada junto ao Morro da Lagoa, num dos lugares mais estratégicos da Lagoa da Conceição, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição foi concluída em 1780, 29 anos depois que o governador Manuel Escudeiro Ferreira de Souza encaminhou a planta do templo para Portugal. O projeto foi aprovado pela Corte portuguesa para ser construído numa das sesmarias do fundador de Nossa Senhora do Desterro (antiga Florianópolis), Francisco Dias Velho. Esta área de sesmaria se tornou a conhecida Freguesia de Nossa Senhora da Conceição.
A Igreja sofreu muitas modificações e reparos ao longo do tempo. Em 1847, com a visita do Imperador D. Pedro II, a freguesia da Lagoa e sua Igreja receberam a quantia de 800 mil réis para pagar a custódia de prata anteriormente encomendada. Quando o Imperador voltou do Rio Grande já encontrou a custódia comprada e ficou “plenamente satisfeito com a obra e com o desenho”, conforme ofício do então vigário ao Presidente da Província. Uma nova visita do Imperador aconteceu em 1861, desta vez presenteando o templo com dois sinos, que ainda hoje encontram-se por lá.
Apesar de todas as transformações sofridas por dentro, das sucessivas repinturas, a Igreja da Lagoa ainda constitui um bom exemplo da arquitetura trazida pelos portugueses para terras catarinenses. Tanto que em 1974, o então prefeito de Florianópolis, Esperidião Amin, assinou decreto tombando cinco igrejas que representavam a arquitetura portuguesa na Ilha: a Igreja de São Francisco de Assis, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, ambas no centro da cidade, a Igreja de Nossa Senhora das Necessidades, em Santo Antônio de Lisboa, a Igreja de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão da Ilha e a “igrejinha da Lagoa”, como é conhecida a Igreja de Nossa da Conceição. O ato de tombamento não dá nenhuma nenhuma garantia de perpetuação, mas reconhece o valor artístico, cultural e histórico do monumento.
Em 8 de dezembro de 1999, a Igreja Nossa Senhora da Conceição foi elevada à categoria de Santuário. “A idéia de criar um santuário na ilha nasceu do desejo de integrar ainda mais Florianópolis no Movimento de renovação e fé durante o Grande jubileu do ano 2000. Não temos na Ilha nenhum Santuário apesar de termos igrejas lindas e apropriadas”, justifica Dom Eusébio. Além disso, como se tornou necessária a construção de uma Igreja maior e mais próxima à população, surgiu a idéia de transformar em Santuário a Igreja histórica, tão significativamente situada no morro da Lapa.
No fim dos anos 80, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, numa parceria entre o município e o Estado, passou por um processo de recuperação arquitetônica. Entre os “ajustes” foram incluídos o telhado, forro, piso, esquadrias, paredes, parte elétrica, entre outras.
Em janeiro de 2008, teve início o trabalho de restauração da Igreja Matriz. Num trabalho de cinco meses, foram retirados 1 metro e 90 centímetros de altura do reboco da parte interna que tinha problemas de umidade, raspagem da tinta antiga e pintura de toda a parte interna e externa, além da lixação do assoalho e restauração das imagens sacras. Todo o trabalho foi autorizado e supervisionado pelo IPUF. O custo total da obra foi de R$ 81.134,70, totalmente custeado pela comunidade paroquial através de recursos próprios e doações de benfeitores.
A Igreja, bem como seu entorno, estão protegidos pela Lei Municipal nº 2.193, de 1985, que instituiu o Plano Diretor de Uso do Solo dos Balneários da Ilha de Santa Catarina, por considerá-los incluídos em Área de Preservação Cultural tipo Um, ou seja, “área de interesse histórico”.
Arquitetura
Suas paredes apresentam uma mescla de técnicas construtivas: o adobe e a alvenaria de pedra. Possivelmente utilizou-se, também, o oleato de cálcio na argamassa das paredes, fato comum nas construções coloniais, principalmente nas regiões onde o óleo de baleia era facilmente conseguido, como em Santa Catarina. O partido tradicional, nave e capela-mor, sacristia aos fundos, comum a quase todas as igrejas da Ilha, é mantido; portada e óculo envidraçado inserido no frontão triangular, emoldurado por ornato encurvado, arrematado por cruzeiro em ferro, e enquadrado por cunhais em cantaria encimados por coruchéus.
A portada em cantaria com verga e sobreverga encurvadas, de cantaria, também, tem porta almofadada. À esquerda, a torre sineira também é emoldurada por cunhais, de cantaria, encimados por coruchéus. Sobre a sineira abobadada, arrematando-a, pináculo, cobertura em telhado de duas águas, arrematado por beiral em cimalha. Diante da igreja, no adro, um grande crucifixo.
O que é um santuário?
“É um lugar privilegiado para obter graças e favores especiais: perdão, conversão, aumento da caridade e fraternidade, espírito de oração e piedade. É um lugar indicado, por ocasião do Grande Jubileu, para aí se efetuarem romarias, e aí se alcançarem as indulgências, ou seja, a obtenção da infinita bondade e misericórdia de Deus para apagar quaisquer efeitos negativos e prejudiciais (a nós e à comunidade) por erros, culpas e pecados de nossa vida passada”, explica Dom Eusébio.
“O santuário é um lugar procurado para peregrinações, romarias, concentrações, celebrações especiais, penitências, confissão e oração. Um lugar de bênçãos especiais onde o povo tem maior oportunidade de manifestar a sua devoção”.