De acordo com o arcebispo, um “mar de gente” compareceu no Santuário Santa Paulina, em Nova Trento, no domingo, 28, para a Missa de encerramento da peregrinação da imagem jubilar de Nossa Senhora Aparecida. Segundo estimativas dos organizadores, estima-se que sete mil pessoas de todas as partes das 72 Paróquias da Arquidiocese de Florianópolis, participaram da Celebração Eucarística, presidida por Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, e concelebrada pelo Bispo Auxiliar Emérito, Dom Vito Schlickmann, e muitos padres.
Logo no início da manhã do domingo, a imagem saiu em carreata da Igreja Matriz da Paróquia São Virgílio, até em frente do casebre de Santa Paulina. Na sequência, uma multidão de devotos acompanhou a procissão pela passarela até o Santuário. “Quando a imagem esteve em Santo Amaro da Imperatriz, eu fiz o pedido e logo alcancei a graça. Vim hoje aqui com meus dois filhos para agradecer. E digo, por mais dura que seja a situação, a Mãe intercede por nós”, afirmou a auxiliar de serviços gerais, Marizel Duarte, 33 anos.
Os cantos foram conduzidos pelo Coral Encantos, de Florianópolis.
Após a chegada da imagem jubilar no Santuário, ocorreu a apresentação de alguns símbolos que lembram a vida e o trabalho do povo catarinense, como a terra, o barco com a rede, o tear, o vinho e produtos agrícolas.
Na homilia, Dom Wilson explicou que foi Nossa Senhora que inspirou à Santa Paulina a mensagem para fundar a congregação das irmãs. “Em Santa Paulina, um coração acolhedor que também somos chamados a ter. Devemos aprender as coisas de Jesus, como Nossa Senhora aprendeu. Ela está presente em todos os momentos sofridos de nossa vida. Nossa Senhora é a nossa companheira por este mundo”, destacou o Arcebispo.
Ao final da Celebração, transmitida pela TV Aparecida, Dom Wilson abençoou a terra catarinense que foi colocada em uma ampola e entregue ao missionário redentorista, Pe. Eduardo Ribeiro, para ser levada ao Santuário Nacional de Aparecida.
“Na Bíblia, nas palavras ‘de hoje em diante todos me proclamarão bem-aventurada’, percebo que isso ainda acontece, é atual. Nossa Senhora é muito especial. Como Mãe, ela jamais deixa um filho desamparado”, observou o marceneiro que faz parte do Movimento de Irmãos de Nova Trento, Giovani Schmitt.
A Imagem Jubilar foi doada pelo Santuário Nacional para a Arquidiocese, que permanecerá na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Balneário Camboriú.
A empresa Ferrari Logística, de Itajaí, generosamente emprestou um veículo que levou a imagem durante os 29 dias de peregrinação.
Histórico da peregrinação pela Arquidiocese
A Imagem Jubilar de Nossa Senhora Aparecida chegou na Arquidiocese no dia 31 de julho e foi recepcionada por uma grande multidão de devotos.
O Arcebispo Dom Wilson Tadeu Jönck, scj, foi até o Santuário Nacional de Aparecida ainda naquele domingo pela manhã, para buscar a réplica da Imagem encontrada no rio Paraíba do Sul, em comemoração aos 300 anos da aparição, marcado para 2017.
A Imagem Peregrina da Mãe Aparecida esteve nestes 29 dias, nas 72 paróquias da Arquidiocese, nas 13 foranias, e passou por escolas, presídios, hospitais, asilos e nos grandes eventos, como o Jubileu da Juventude no domingo, 21 de agosto. Crianças, jovens, adultos e idosos, famílias inteiras que expressaram a devoção à Mãe Aparecida. “Eu tenho fé na Mãe Aparecida. Na hora da dificuldade, a gente se apega a ela, que nos dá força para continuar. Para mim, a fé em Maria é tudo”, sublinhou a dona de casa do município de Tijucas, Luciane Santos, 46.
A Imagem percorre as dioceses do Brasil.
“O pensamento é exatamente esse, desde que a imagem foi encontrada em Aparecida, Nossa Senhora foi uma presença na vida de um número sempre maior de pessoas. As pessoas iam até o Santuário inicial e essa presença transformava suas vidas. Levava confiança, fazia as pessoas reviver a fé e tinham um gosto maior de viver, um sentido na vida. A visita de imagem jubilar à Arquidiocese, também foi um modo de Nossa Senhora estar presente na vida dos diocesanos. Tantas pessoas entraram em contato com a imagem, e também no que representa Nossa Senhora para a Igreja e a vida das pessoas. E o que ela produziu foi a alegria do encontro das pessoas em nome de Cristo. Nesses encontros havia intensidade de oração, de convivência e havia também uma convicção maior da própria fé. Havia também a alegria de ser igreja. Uma das características importantes da visita foi o entusiasmo e a certeza de que Nossa Senhora quer caminhar com a gente, participar da vida de cada um. Maria é aquela que apresentou Jesus ao mundo, que cuidou e continua a cuidar de Jesus e por isso, está presente na Igreja e cuida dela, porque o corpo da Igreja é o próprio Cristo. Nossa Senhora na Igreja faz sempre o papel que ela desempenhou nas Bodas de Caná: vê as necessidades do povo, apresenta-as a Jesus e aos fieis ela diz: fazei tudo o que Ele vos disser. Como resumo da visita, o povo saiu muito mais convencido e decidido a fazer aquilo que Cristo nos pede”, resumiu Dom Wilson.