Temas como judicialização da medicina e avanços tecnológicos, como cirurgias robóticas foram abordados durante o evento.
A primeira edição do Congresso Brusquense de Medicina encerrou no sábado, 09, superando todas as expectativas , quanto ao público que se inscreveu, formado por estudantes de universidades da região e profissionais da área, vindos de todos o Estado, bem como quanto aos palestrantes que trouxeram para o congresso as últimas novidades em pesquisas e tecnologias aplicadas à medicina. “Fomos muito elogiados pela qualidade dos temas escolhidos para os debates, pois os convidados promoveram discussões atuais e de interesse de todos”, disse o presidente da comissão organizadora, o médico Gustavo Gumz Correia.
Ao todo mais de 160 congressistas participaram do evento que contou com 16 palestras, além da abertura ministrada pelo ex-presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz D’Avila, que falou sobre “O Papel do Médico na Sociedade e na Política”, instigando os profissionais a se posicionarem ideologicamente, participando mais efetivamente das decisões do país e ainda lembrou o Programa Mais Médicos, o qual foi contrário desde a sua criação e que segundo ele, “não se ouviu mais falar e muito menos nos seus resultados”.
As palestras foram divididas em blocos como clínica médica; Érica e direito médicos; cirurgia e medicina de urgência e avanços da medicina. Este último bloco de discussões, além dos temas que envolveram o direito médico, que contou com a participação de vários advogados, foi um dos mais procurados, pois trouxe para o congresso as novidades tecnológicas envolvendo a medicina. O médico Marco Aurélio Benedetti Rodrigues, de Pernambuco, que falou sobre “A Realidade virtual” e apresentou pesquisas em que é usada a tecnologia para tratar de doentes com Alzheimer.
Além disso, cirurgias realizadas por robôs também já são uma realidade no Brasil. Segundo Murilo de Almeida Luz, de São Paulo, o grande problema para que sejam realizadas mais cirurgias robóticas, é o financeiro. “Os custos ainda são muito elevados, pois os administradores têm que encarar a compra de um equipamento como este, como um ‘investimento’ e nossa realidade no Brasil é outra, além disso, ainda falta treinamento para os médicos utilizarem essas máquinas”. O especialista completou dizendo que, “os benefícios para as cirurgias robóticas são inúmeros, a começar por cirurgias mais limpas e com menos sangramento”. O médico concluiu, se dirigindo aos inúmeros estudantes que assistiam à palestra: “isso que estou mostrando aqui, é o que vocês vão encontrar, pois no futuro, todos terão contato com as cirurgias robóticas”.
O Congresso Brusquense de Medicina foi realizado pela Associação Brusquense de Medicina (ABM) em parceria com o Hospital Azambuja. “Temos certeza que o evento foi um sucesso e que abrimos as portas para a realização de outros congressos na cidade. Agora vamos nos reunir e pensar no próximo, que deve acontecer em dois anos”, anunciou o diretor clínico do Hospital Azambuja, Dr. Charles Machado.
O evento contou ainda com o apoio do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (SIMESC), Associação Catarinense de Medicina (ACM), Unimed Brusque, Unicred, Prefeitura Municipal de Brusque e Brusque Convention & Visitors Bureau. Os patrocinadores são o Labotarório Werner Willrich, Amorim & Associados; Rede Clínica Consulmed; Cristália; Centro de Diagnóstico por Imagem; Dermavita; FIP; Imobiliária Moresco; Kiezem Rum; Mantecorp Farmasa; MSD; Sanofi – Medley; Vitalab, Sintimeb e Innovare Executive Hotel.
Por: Rúbia Guedes
Crédito fotos: Sandra Puente