Fundada, em 1875, por famílias vindas do distrito de Treviglio (Itália), Azambuja se tornou um centro de peregrinações após a construção de uma capela em honra a Nossa Senhora de Caravaggio. Porém, os moradores da região faziam a invocação a Nossa Senhora de Azambuja, que depois deu nome ao local.
Com o empenho do Pe. Antônio Eising teve início a construção de uma nova igreja, maior, concluída em 1892. O quadro de Nossa Senhora de Caravaggio, posto no altar da primeira capela, foi preservado, mas novas imagens foram encomendadas da Itália.
Crescendo a importância do local, o Bispo Diocesano de Curitiba, Dom Duarte Leopoldo e Silva, em 1905, eleva a Capela de Azambuja ao título Santuário Episcopal, com o nome de Santuário de Nossa Senhora de Azambuja.
Em abril de 1927 acontece a transferência do Seminário Menor da Arquidiocese de Florianópolis para Azambuja, e o Pe. Jaime de Barros Câmara – que mais tarde viria a ser Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro – foi o primeiro reitor. Desde então, os padres professores do seminário assumiram também os trabalhos pastorais do santuário.
Já em 1939, era lançada a pedra fundamental do novo templo, o terceiro a ser edificado. Assim, em 26 de maio de 1956, Dom Joaquim Domingues de Oliveira oficiou a consagração do santuário, preservado até os dias atuais.
Museu
Ainda no complexo de Azambuja se encontra o Museu Arquidiocesano. Instalado oficialmente e aberto ao público em 03 de agosto de 1960, o local foi criado com o objetivo de preservar as obras de arte religiosas da Arquidiocese.
O museu foi registrado no Conselho Internacional de Museus (ICOM, sigla em inglês), sendo o primeiro não governamental e instalado fora do eixo Rio-São Paulo-Minas Gerais a ter cadastro e registro na secção do ICOM-Brasil.
Morro do Rosário
A partir de 1950 foi instalado o “Morro do Rosário”, com a montagem das cenas dos mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos, que fazem parte do Rosário. As imagens ficam distribuídas ao longo do caminho de acesso ao cume do morro, localizado atrás do santuário. No topo do monte está o último dos mistérios gloriosos: a coroação da Virgem Maria pela Santíssima Trindade. Cada um dos mistérios consta de estátua ou grupos de esculturas feitas de cimento, em tamanho natural.
Matéria publicada na Revista de Verão 2016 da Arquidiocese de Florianópolis, página 12.
Crédito das fotos: Everton Marcelino