Dom Joaquim Domingues de Oliveira (Vila Nova de Gaia, 4 de dezembro de 1878 — Florianópolis, 18 de maio de 1967) foi um bispo católico luso-brasileiro. Filho do capitão Joaquim Domingues de Oliveira Belleza e de Joaquina da Silva Mota. Seu nome completo deve ter sido igual ao do pai, mas teria suprimido o último sobrenome por achar que “não ficava bem o sobrenome Belleza para um religioso…”.
Veio ainda menino com sua família para o Brasil, para a cidade de São Paulo. Completou seus estudos primários em escolas públicas; o secundário fez no Liceu Coração de Jesus, onde teria despertada sua vocação religiosa.
Fez os exames preparatórios na Faculdade de Direito de São Paulo e matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, mais para agradar ao pai. Mas, antes de iniciar o curso, matriculou-se no Seminário Episcopal de São Paulo em 1898.
Em 21 de dezembro de 1901 foi ordenado sacerdote. No dia seguinte celebrou sua primeira missa na Capela da Beneficência Portuguesa.
No ano seguinte à sua ordenação, foi nomeado professor do Seminário Diocesano e capelão da Capela de São João Batista. Em 8 de outubro de 1905, aconselhado pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, foi à Roma para concluir seus estudos de Direito Canônico. Em Roma, o então Pe. Joaquim obteve o título de “Doctor sive Magister utriusque Iure”, isso é, Doutor em Direito Canônico e Civil. Volta a São Paulo depois de 1907.
Foi nomeado bispo em 2 de abril de 1914 e empossado em 7 de setembro do mesmo ano, para a então diocese de Florianópolis, elevada a Arquidiocese de Florianópolis em 17 de janeiro de 1927, tendo sido seu primeiro arcebispo.
Presidiu a criação da Província Eclesiástica de SC, em 1927, com a criação das dioceses de Lages e Joinville, sendo Florianópolis elevada a Arquidiocese.Presidiu a criação das dioceses de Chapecó e Tubarão. Dom Joaquim criou o Seminário Menor Nossa Senhora de Lourdes, primeiro em Florianópolis e depois em Azambuja, em 1927.
Foi também responsável pela criação do Arquivo Histórico de Santa Catarina em 1949, a ASA – Ação Social Arquidiocesana em 1960 e a Biblioteca do Arcebispado. Foi pastor do rebanho 1914 a 1967. Encontrou um Estado catarinense rural e viu-o paulatinamente se industrializar. Entravam e saíam governantes, entravam e saíam Vigários, o povo crescia e morria, e Dom Joaquim continuava. Acolheu seminaristas que depois ordenou sacerdotes, bispos, viu-os envelhecendo, morrendo, e o Pastor continuava a “presidir com solicitude”, seu lema Episcopal.
Foram 53 anos de ininterrupto pastoreio à frente da grei que conhecia como a mãe conhece os filhos. Deu-lhe o ensinamento, o caminho a seguir e, para sua surpresa, viu que caminhava adiante, fugindo das lições aprendidas. É que os tempos avançavam, a História não parava e, quem sabe, o Pastor não conseguira acompanhar as ovelhas nas novas estradas.
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