Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe – Pe. Vitor Galdino

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Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe – Pe. Vitor Galdino

A insistência da sinodalidade que caracteriza o pontificado de Francisco chega ao continente latino-americano, de onde certamente o papa levou para a Igreja do mundo inteiro a prática da comunhão e da participação em todas as esferas da vida eclesial.

Conferências episcopais
Desde sua fundação, em 1955, no Rio de Janeiro, o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) tem promovido conferências gerais, que reúnem bispos representantes de todos os países do continente. Essas conferências (Rio de Janeiro, Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida), trouxeram para a Igreja continental e universal alguns acentos muito significativos da caminhada evangélica: justiça social, libertação integral, opção pelos pobres, ministerialidade dos leigos, inculturação do Evangelho, missionariedade. Nessas conferências nasceram e se fortaleceram as comunidades eclesiais de base, a teologia da libertação, as pastorais sociais.

Assembleia eclesial
Uma vez que essas conferências acontecem num período aproximado de dez ou quinze anos, a direção do CELAM consultou o papa Francisco sobre a possibilidade (tema, data, local) de uma próxima conferência. A resposta do papa foi surpreendente: “ainda temos muito o que aprender de Aparecida, a última conferência; em vez de uma conferência de bispos, vamos fazer uma assembleia eclesial, com a presença de representantes de todo o povo de Deus: bispos, padres, diáconos, religiosas, leigos e leigas, nas mais diferentes expressões de vocações e ministérios, pastorais e movimentos eclesiais”.

Processo de escuta
A Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe torna-se assim numa relevante manifestação de sinodalidade. Começa com um grande processo de escuta, que vai de abril a agosto deste ano. Para isso foram enviados questionários a todas as instâncias da Igreja: dioceses, paróquias, comunidades, organismos eclesiais, congregações religiosas, movimentos laicais. É a oportunidade de se falar sobre os desafios, problemas, valores, avanços e recuos de nossa caminhada pastoral e missionária. Isso pode ser feito individualmente ou em pequenos grupos. O resultado será analisado num encontro presencial a acontecer de 21 a 28 de novembro próximo, no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, no México.

Por Pe. Vitor Galdino Feller
Vigário Geral da Arquidiocese de Florianópolis

Artigo publicado na edição de agosto de 2021 do Jornal da Arquidiocese, página 5.

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