Audiência Pública discute o Bioma Mata Atlântica em Santa Catarina

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Audiência Pública discute o Bioma Mata Atlântica em Santa Catarina

O evento reuniu cerca de cinquenta pessoas no plenarinho Paulo Stuart Wright da ALESC.

Foto: Franklin Machado
Foto: Franklin Machado

No intuito de dar continuidade às reflexões da temática discutida na Campanha da Fraternidade 2017, a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (ALESC) em parceria com o Regional Sul 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizou na manhã desta quarta-feira, dia 19 de abril, a Audiência Pública: ‘Bioma Mata Atlântica, Nossa Casa Comum’. O evento reuniu cerca de cinquenta pessoas no plenarinho Paulo Stuart Wright da ALESC.

A Audiência contou com representantes de organizações não governamentais, associações, Ministério Público Federal, órgãos do governo e foi uma proposição do deputado estadual padre Pedro Baldissera. Também estiveram presentes o arcebispo de Florianópolis, dom Vilson Tadeu Jönk, o presidente do Regional Sul 4 da CNBB, dom João Francisco Salm juntamente com lideranças das pastorais da Arquidiocese de Florianópolis e Dioceses de Blumenau, Joinville, Lages, Tubarão e Caçador.

A programação contou com uma explanação do professor doutor Ademir Reis que fez um apanhado sobre a real situação do bioma Mata Atlântica e refletiu sobre algumas atitudes urgentes que precisam ser tomadas na utilização responsável dos recursos naturais presentes no estado de Santa Catarina. Segundo o professor, ‘frear o desmatamento e promover a recuperação de áreas degradadas são ações importantes dentro do processo de combate aos impactos ambientais. Há necessidade de mais políticas públicas para quebrar os paradigmas de que o cuidado com o meio ambiente não é importante’, relatou.foto-2

A promotora do Ministério Público Federal (MPF), doutora Ana Lúcia Hartmann, também esteve presente na Audiência e cobrou do governo do estado um levantamento do zoneamento ecológico e um planejamento dos recursos hídricos. Estes dados são essenciais para um melhor direcionamento e criação de políticas públicas. A promotora ainda disse que a Igreja, em especial na pessoa do Papa Francisco, tem sido uma inspiração para as ações do MPF relacionado ao cuidado com a natureza.

Para o presidente do Regional Sul 4 da CNBB, dom João Francisco Salm, trazer para a discussão o cuidado necessário com a criação divina é essencial. ‘Esse debate não tem cor, credo e gênero, é de todos. O fato de estarmos reunidos, pensando propostas e articulando ações já se faz valer a iniciativa da Campanha da Fraternidade 2017’, destacou.foto-3

Dom João Francisco também aproveitou o espaço para apresentar aos participantes os temas propostos no texto base em preparação para a 24ª Romaria da Terra e das Águas, que acontecerá no dia 10 de set

embro na Diocese de Tubarão e terá como temática o cuidado com a Mata Atlântica. O texto propõe reflexões e traz dados atuais sobre as condições do bioma Mata Atlântica no Brasil e no estado de Santa Catarina.

Como encaminhamentos da Audiência Pública, foi definido pelos participantes a rearticulação do Fórum Estadual de Mudanças Climáticas e Justiça Social, redigir e publicar uma carta compromisso com os temas debatidos na Audiência, uma moção de repúdio à Medida Provisória n° 756/2017, que reduz 20% do Parque Nacional São Joaquim e a publicação de uma cartilha que exponha a preservação do Bioma Mata Atlântica numa parceria entre Escola Legislativa, CNBB Sul 4 e MPF.

Por Franklin Machado
CNBB SUL 4

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