A vivência da fé no mundo do trabalho

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A vivência da fé no mundo do trabalho

Sal da terra e luz do mundo

Em 2018, a Igreja no Brasil viveu o Ano Nacional do Laicato, que teve como tema: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14)”. Durante todo este período, o objetivo foi celebrar a presença, a ação e a organização dos cristãos leigos no Brasil, sujeitos cheios de fé, construtores de uma sociedade mais justa e solidária.

A Revista de Verão 2019 traz exemplos de leigos e leigas que buscam uma sociedade melhor para se viver e respondem à pergunta:

Como você vive a sua fé na sua profissão?

Antonio Koerich

Empresário

Foto: José Valdonir Correia

Tenho refletido muito a respeito da fé, de como podemos aumentar nossa participação e otimizar cada vez mais nossas ações, neste mundo tão carente de apoio e de ajuda humanitária. Tento a cada dia contemplar a vida e dar meu toque de amor em tudo o que faço. A fé sem vivência comunitária é vazia, pois é dentro da comunidade cristã, com os irmãos da fé, que compartilhamos e aprendemos a riqueza que é viver sob os desígnios da vontade de Deus. A vida em comunidade é a experiência vivenciada a partir dos dons e carismas, dado pelo Espírito Santo com a graça de Deus. E somente assim continuarmos a missão que o Pai nos designou aqui na terra.

Para mim, o mais importante da vida em comunidade é se colocar a serviço dos outros com os dons espirituais, percebendo a particularidade como cada pessoa experimenta o amor de Deus. E é através desta experiência que as tribulações do dia a dia são vencidas e superadas, e isto tenho dito e tentado praticar diariamente.

Num corpo, cada membro tem uma função especial e insubstituível, mas é no topo, que nos mostramos fortes e coesos… E isso eu acredito e pratico!!!

 

Cláudio Prisco Paraíso

Jornalista

Foto: Arquivo pessoal

A realização do Curso de Emaús, em 1980, coincide com meu ingresso no jornalismo. Claro que a minha fé não começou com o Emaús. Minha vivência cristã iniciou pelos ensinamentos da minha mãe, que sempre foi muito católica e até hoje é. Ela sempre nos levou à missa e nos deu depoimento e testemunho de vida católica. Não é só testemunho de quem vai à missa, mas de quem efetivamente vive a fé. Quer dizer, não vou falar que vivo minha fé na minha profissão, tento viver dentro das minhas limitações, infalível é só Deus.

Então procuro exercer com lisura, com correção, minha atuação profissional e, ao mesmo tempo, pelo meu comportamento, posicionamento, também estar vivenciando minha fé e aquilo que a gente recebe, não de formação, mas tudo o que a gente se abastece dos ensinamentos do Pai, procurar transbordar isso para minha atuação profissional. Repito, tentar, porque evidentemente todos nós temos limitação. E com isso, sendo honesto, correto, procurar demonstrar que quem vive a fé, também pode atuar dentro desses parâmetros.

 

Glauco José Côrte

Empresário

Foto: Arquivo pessoal

A última experiência foi a mais rica de minha vida, desde que pude dar testemunho de minha fé, por palavras, iniciativas e atitudes, assim como em grandes e pequenos atos. Aos poucos, fui conhecendo a fé e os valores dos integrantes da diretoria e de toda a equipe da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), assim como a minha fé e os meus valores também foram conhecidos e aceitos.

Graças a esse ambiente, contamos, todos os finais de ano, com a presença de um sacerdote, para a Celebração da Palavra. Também, graças ao sentimento cristão existente, construímos uma Capela junto à sede da FIESC e um Oratório nas suas instalações de educação e lazer. Não há nenhum mérito pessoal nessas obras, apenas a manifestação das graças do Senhor.

 

Josiane Rose Petry Veronese

Professora Titular do Curso de Direito da UFSC e Advogada

Foto: Julia Petry

Muitas vezes somos levados a questionar se é realmente possível imprimir nas leis, em seu sentido estrito, a fraternidade. Seria a fraternidade uma categoria a ser pensada somente em termos políticos e/ou sociológicos? Seria um valor a ser impresso nos comportamentos humanos de forma a instaurar ações e redes fraternas? Mas é também possível admiti-la como categoria jurídica, ainda que de forma principiológica? Esses questionamentos fazem parte da minha atuação realizada no Núcleo de Estudos Jurídicos e Sociais da Criança e do Adolescente – Nejusca e no Núcleo de Pesquisa Direito e Fraternidade, ambos do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Como consequência desse processo tem-se na UFSC uma larga produção em termos de obras, artigos, dissertações, teses, com vistas a evidenciar que a fraternidade se apresenta como uma nova perspectiva para o Direito em meio a tantas crises, conflitos e/ou mesmo questionamentos acerca da sua real imprescindibilidade e, sobretudo, que rumos deverá tomar. Resta explicitar que esta produção não fica isolada à academia, seus resultados têm incidindo nos julgados dos tribunais brasileiros. Este é um papel que nós leigos temos o compromisso de desenvolver como coerência a nossa fé.

 

Dona Maricotinha (Mônica Silva Prim)

Atriz (Depoimento em “manezês”)

Foto: Arquivo pessoal

Ô vivo sempre com FÉ DIMAXX!!!!

Ô creio que Deus é o mô parcêru na caminhada, max preciso fazê a minha parte, por isso, toda manhã abro môx ólhu, agradeço ao mô sagrádu Deus, cô tô vivinha e arregaço ax manga e toco reto toda vida, COM FÉ cô vô alegrá o dia de todos ox extimadinhux quiridux do mô coração.

A fé nox faz seguir, aliveia a nossa alma e nox cura… Por isso, nas minhas benzeduras, premêru pregunto pra pessoa: Tenx fé?!!! Porque ô benzo, mas é a tua fé em Deus que cura.

É Deus qui não mi deixa exmorecê e nem desanimá, ô tenho Jesus por mim, e contra mim ninguém será!!!

🎶…andá com fé o vô, a fé não cuxtuma faiá…🎶

Beijinhuxxxx, môx amadinhux!!

Matéria publicada nas páginas 10 e 11 da Revista de Verão 2019

LeigosLuz do mundoSal da terratrabalho

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