Resposta do Pe. Hélio Luciano sobre reportagem relacionada à Ideologia de Gênero

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Resposta do Pe. Hélio Luciano sobre reportagem relacionada à Ideologia de Gênero

Após ter sido citado em uma reportagem bastante tendenciosa do Diário Catarinense sobre a Ideologia de Gênero, publico esta nota para deixar claro a autoria do panfleto em questão e ressaltar pontos que não ficaram evidentes na matéria do referido jornal:

Na condição de citado, é necessário que me manifeste sobre reportagem veiculada no ‘ClicRBS – DC online’ sobre a publicação de um folheto que alerta sobre os malefícios da Ideologia de Gênero no site do Sinepe-SC (vide em: http://dc.clicrbs.com.br/…/sinepe-sc-publica-documento-cont…).

O referido panfleto com título “A verdade sobre a ideologia de gênero” não é produção recente, mas data de Outubro de 2015, de manifesta autoria da Comissão Arquidiocesana para a Vida e Família e da Pastoral Familiar da Arquidiocese de Florianópolis – das quais, naquela ocasião, eu era o assessor. Na ocasião, os responsáveis pela produção concluíram não ser necessária a identificação, pois ele não é de interesse apenas de um setor da sociedade, mas da grande maioria das famílias independentemente do credo. Em 02/10/2015, o veículo UOL publicou matéria escrita por Camila Rodrigues da Silva onde tal autoria e justificativa de não assinatura ficam evidentes.

Destaco também que a Igreja Católica não é responsável pela criação da expressão Ideologia de Gênero, como menciona a reportagem, e, muito menos, por desenhar sua conceituação. Gênero é expressão com origem no Século XIX a partir de escritos de Karl Marx ao questionar a estrutura familiar. Depois, no século XX, diversos autores ganharam notoriedade ao atrelar o termo gênero ao feminismo, defendendo a urgente desestruturação da família e classificando como “repressor” todo e qualquer pensamento em contrário. O conjunto das iniciativas que, entre outras coisas, visa “libertar os seres humanos de sua biologia” e estabelecer o gênero (na tentativa de se extinguir o termo sexo para definir os dois sexos biológicos masculino e feminino) como uma construção e não um fato biológico são conhecidas, no mundo científico e não somente no mundo religioso, como Ideologia de Gênero. As proposições teóricas e iniciativas práticas neste sentido continuam a se multiplicar em todo o mundo, mesmo que não venham com o rótulo de Ideologia de Gênero.

Há países que implementaram tais ações e alguns já voltaram atrás, como Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Islândia que retiraram o financiamento do Instituto Nórdico de Pesquisas de Gênero.

Por fim, que fique claro que não há qualquer discriminação em relação às pessoas que assumem comportamentos diferentes de sua natureza, mas não é razoável que as instituições educativas apresentem ou estimulem as crianças e adolescentes à vivência deles.

O Papa Francisco lidera a missão de denunciar e formar ao ser inequivocamente claro sobre o engano da Ideologia de Gênero: “Esta ideologia leva a projetos educativos e diretrizes legislativas que promovem uma identidade pessoal e uma intimidade afetiva radicalmente desvinculadas da diversidade biológica entre homem e mulher”. (Amoris Laetitia 56)

Link da matéria citada pelo autor: link

Por Pe. Hélio Luciano – especialista em Bioética da Arquidiocese de Florianópolis

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