Arcebispo apresenta Campanha da Fraternidade em reunião na FIESC

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Arcebispo apresenta Campanha da Fraternidade em reunião na FIESC

FIESC-dw-cfeA partir de uma exposição do Arcebispo Metropolitano de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, a diretoria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) discutiu sobre saneamento básico, nesta sexta-feira (26), em Florianópolis. O assunto está em evidência na Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2016, cujo tema é “Casa Comum, nossa responsabilidade”. Dom Wilson salientou que “cada dólar investido em saneamento básico permite economia de quatro dólares em gastos em saúde”.

Citando o texto base da campanha, Dom Wilson destacou que “no mundo, 1 bilhão de pessoas fazem necessidades a céu aberto; mais de 4 mil crianças morrem por ano por falta de água potável e de saneamento básico; na América Latina as pessoas têm mais acesso a celulares do que a banheiros”. Observou também que o Brasil está entre os 20 países do mundo nos quais as pessoas têm menos acesso aos banheiros. Além disso, ele afirmou que cada brasileiro gera em média 1 quilo de resíduos sólidos diariamente. Assim, o Brasil produz, a cada dia, em média 150 toneladas de lixo e as 13 maiores cidades do país são responsáveis por 31,9% de todos os resíduos sólidos no ambiente urbano brasileiro.

Dom Wilson Jönck abordou a necessidade de medidas nas questões de água, esgoto, resíduos sólidos e manejo de águas pluviais. “A água é um bem comum, não é estatal, mas de todos; o Estado coordena a sua distribuição e todos temos que ter consciência no modo de usar”, disse. Em relação ao esgoto, o Arcebispo observou que, em geral, os sistemas de captação são inadequados.

“Não vamos culpar somente os governos; o principal problema está nas casas mesmo”, completou. Ele entende que “grande quantidade das cidades não têm um sistema adequado nem de coleta, nem de seleção, nem de destino dos resíduos sólidos”. O adequado manejo de água, esgoto e lixo se reflete na melhoria da saúde da população.

A Campanha da Fraternidade é uma iniciativa da Igreja Católica no Brasil. Esta é a quarta edição que se tornou ecumênica, ao ser assumida pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), e é realizada conjuntamente pelas igrejas-membro: Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Episcopal Anglicana do Brasil, Presbiteriana Unida do Brasil e Sírian Ortodoxa de Antioquia. Ainda estão integrados à CFE 2016 a Aliança de Batistas do Brasil, Visão Mundial e Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP). Segundo Dom Wilson, este ano, a CFE também ganhou dimensão internacional, já que tem parceria com a Misereor – a conferência alemã de bispos da Igreja Católica na Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento na Ásia, África e América Latina.

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, defendeu que todos têm o dever de adotar as melhores práticas em relação à água, esgoto e resíduos sólidos, mas também de exigir políticas públicas relacionadas a essas questões. “Precisamos ver qual a responsabilidade de cada um e, como cidadãos, cobrar as ações dos governos”, enfatizou Côrte.

O presidente da Câmara de Desenvolvimento Ambiental da FIESC, José Lourival Magri, também se manifestou, destacando que a indústria catarinense está entre as 10 melhores do Brasil em termos de práticas de gestão ambiental. Por outro lado, salientou, Santa Catarina é o segundo pior Estado da Federação em termos de saneamento básico.

Por Ivonei Fazzioni, Assessoria de Comunicação FIESC

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